Crianças com microcefalia continuam sendo vitimadas
Foto: Divulgação

Mesmo com toda a dificuldade para se locomoverem com os filhos cadeirantes, que têm microcefalia, elas estavam lá, nas galerias da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe). Representantes da “União Mães de Anjos” acompanharam o discurso do deputado estadual Gilmar Júnior (PV). O enfermeiro e atuante na saúde fez um pronunciamento longo e emocionado, relatando a visita de Germana Soares, presidente do grupo, ao gabinete.

De acordo com Gilmar Júnior, Germana falou sobre a luta para que as crianças com microcefalia, oriundas da infecção pelo Zika Vírus, sejam submetidas a cirurgias de urgência por conta da luxação nos quadris.

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O problema ocorre em função do crescimento das crianças, ocasionando dores insuportáveis: “É chocante saber que algumas crianças esperam há cinco anos, chorando e urrando de dor; elas sequer conseguem sentar. Toda a família adoece junto! É inconcebível que isso aconteça quase 10 anos após o surto de microcefalia no estado. Será que não deu tempo de os governos entenderem a gravidade desses pacientes? A gestão estadual está rasgando a nossa Constituição e toda a legislação que garante a saúde à população!”.

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Ainda segundo o parlamentar, a informação que obteve do movimento foi de que a Secretaria Estadual de Saúde alegou falta de próteses para o procedimento, dando o prazo entre três e quatro meses para a chegada das placas ortopédicas necessárias para as crianças. “O governo gasta mais com marketing do que gastaria com o tratamento dessas crianças. Ele fecha os olhos para a urgência que o caso exige! Isso é inconcebível! É desumano!”, criticou o deputado.

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Para reforçar a luta dessas mais de 100 famílias, Gilmar Júnior anunciou a publicação do Projeto de Lei 1.799/2024, que limita o prazo de 45 dias para a realização de cirurgias ortopédicas em pacientes com microcefalia. O deputado pediu regime de urgência para a tramitação da matéria e conseguiu.

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Colheu as assinaturas de 100% dos deputados presentes para o apoiamento e ainda anunciou que vai solicitar uma audiência pública sobre o tema. Por fim, convocou o colegiado para reforçar a denúncia: “Ou fazemos algo ou seremos condenados pela história por omissão!”.