Em julho de 2019, o preço da cesta básica caiu em todas as capitais brasileiras, de acordo com a pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A quarta queda mais significativa no país aconteceu no Recife (-3,81%), que apresentou o valor médio da cesta básica de R$ 381,1. Entre junho e julho deste ano, em todo Brasil, houve tendência de diminuição nos valores do feijão, do tomate, da banana e do óleo de soja, segundo o levantamento.

“O preço da cesta básica é um importante indicativo do custo de vida da região, da interferência na variação da inflação e das despesas do orçamento doméstico familiar. Em média, a alimentação representa entre 40% e 45% dos custos da manutenção familiar”, explica o professor de Cenários Econômicos do Centro Universitário Internacional Uninter, Cleverson Pereira.

Uma análise mais apurada mostra, porém, que os cidadãos estão pagando mais para se alimentar em 2019. A pesquisa indica que em 12 meses, entre julho de 2018 e julho de 2019, todas a capitais registraram alta na cesta básica. No Recife, a valorização foi de 9,69%

“Mesmo com a inflação do país controlada, esse acompanhamento mensal deve ser observado atentamente para que os gastos não saiam do controle no orçamento familiar. A alta do preço de um item de tamanha importância representa a necessidade de uma renda maior, para que não seja reduzido o poder de compra e as outras necessidades para se viver”, destaca o professor.

Ele dá algumas dicas para economizar:

–  Pesquisar o preço dos produtos antes das compras e aproveitar as promoções dos supermercados;

– Evitar desperdícios e comprar somente a quantidade necessária;

– Produtos-chave, como açúcar, arroz e feijão, podem ser comprados em quantidades maiores no atacado, onde o custo-benefício é mais favorável;

– Procurar locais com opções mais baratas. Por exemplo, comprar frutas e verduras em sacolões, e carnes em açougues.

O levantamento mostrou também que em todo país, no mês de julho, o tempo médio necessário para se adquirir os produtos da cesta básica totalizou 94 horas e 25 minutos, abaixo das 96 horas e 57 minutos de junho.