armandoFaltando pouco mais de uma semana para o encontro do Partido dos Trabalhadores (PT) que vai definir o lançamento da candidatura própria ou o apoio ao senador Armando Monteiro Neto (PTB) na disputa pelo governo do Estado, membros da Central Única dos Trabalhadores organizaram uma reunião nesta sexta-feira (14) para rechaçar o nome do candidato petebista.

No início de fevereiro, a CUT foi um dos primeiros grupos a expressar resistência ao nome do político e estimular a candidatura própria dentro do partido. Um esquema de oposição está sendo organizado para o próximo fim de semana, durante a reunião com os 300 delegados do partido para deliberar sobre a sucessão estadual.

Carros de som, cartazes e megafones são alguns dos itens que devem ser levados pelo grupo resistente para o dia da reunião. “Temos dificuldade em defender o nome de Armando nas bases. É impossível. A base do PT [no caso, os sindicalistas] já está convencida. Então, a contradição não é nossa”, defendeu Severino Nascimento, da direção nacional da CUT.

Remontando às eleições de 2010 e 2012, quando houve intervenção da executiva nacional para definir os rumos do partido, os representantes da CUT foram enfáticos na defesa de que “não vão apoiar o nome de Armando” e acrescentaram que vão batalhar até as últimas instâncias para viabilizar a candidatura própria.

Participaram da reunião nesta sexta (14) cerca de 20 representantes dos sindicatos ligados à CUT. Segundo o grupo, 60% dos delegados já estão fechados com o posicionamento do grupo.

Questionados sobre o diálogo com o senador Armando, um dos delegados do PT, José Oliveira, afirmou que não vai dialogar com o candidato e reiterou o desejo da candidatura do próprio partido. “A intenção é fazer um plebiscito e temos tempo até as convenções do partido, em junho”, explicou.

Procurada, a presidente estadual do PT, Teresa Leitão, afirmou que, da mesma maneira que grupos defendem candidatura própria, também existem delegados que apoiam a política de alianças.

“Até o encontro de tática eleitoral, os momentos serão de debates. É preciso discutir amplamente para não se chegar lá com uma ideia pré-definida. Espero que a definição seja resultado da força do argumento e não das imposição”, defendeu Teresa.

( Do Blog do Jamildo)