Publicado às 06h30 deste domingo (11)

Prestes a fazer uma viagem internacional para representar o Brasil em um evento cultural no México, no próximo dia 4 de setembro, dois dançarinos do grupo de xaxado Cabras de Lampião sofreram um acidente de moto no último dia 3 de agosto (sábado) e um deles ficou impossibilitado de se apresentar.

Em contato com o Farol de Notícias, a presidente da Fundação Cultural Cabras de Lampião,  Cleonice Maria, denunciou uma ação que considerou inadequada por parte dos médicos que atenderam o bailarino e se recusaram a emitir um atestado médico.

De acordo com Cleonice Maria, a entidade precisa do documento para justificar a ausência do bailarino na apresentação e poder devolver ao Ministério da Cultura o valor empregado em suas passagens e estadia durante a viagem.

Após buscar o atestado, Cleonice se deparou com situações que lhe chamou a atenção para a falta de trato de alguns médicos com o Sistema Único de Saúde.

“Eu tive dois integrantes que sofreram um acidente de moto sábado (3), um está bem porque só teve uma luxação na perna, mas o outro quebrou a perna direita. Eles deram entrada no Hospam no mesmo dia, e esse menino que quebrou a perna estava na lista da delegação dos Cabras de Lampião que vai para o México no dia 4 de setembro, inclusive com todas as passagens compradas. Depois do ocorrido, eu estou precisando de um atestado médico justificando que esse rapaz está impossibilitado de se apresentar, afinal de contas eu tenho que prestar contas do recurso do governo, um edital. Preciso justificar para devolver ao governo”, explicou Cleonice, acrescentando:

“Ele teve alta na quarta-feira e eu fui até o Hospam nessa quinta-feira (8) para falar com o médico que evoluiu o quadro dele, André Barreto, e ele se negou a liberar o atestado. A solução que me deu foi ir para o setor de Arquivo do hospital para solicitar a entrada que foi dada. Só que eu só teria acesso a esse laudo 15 dias depois. Então, fui procurar no consultório dele o médico que fez a cirurgia dele quando deu entrada no hospital, Dr. Ebenone. Fiquei muito chateada pela forma como esses médicos trataram as situações. Fui muito mal recebida, colocou várias questões negativas. E eu apelo pela sensibilidade desses médicos com o SUS”.