Sirene“Estamos enxugando gelo”. Essa frase partiu de um policial militar na última sexta-feira (13), ao comentar sobre o assassinato do jovem Ângelo Luckwu, 26 anos. Em conversa com o FAROL, o PM pediu anonimato para lamentar a falta de estrutura que a polícia vem enfrentando em Serra Talhada, especialmente, com o déficit de efetivo. Segundo ele, a maior barreira que tem dificultado o trabalho da polícia advém do próprio sistema criminal brasileiro.

O desabafo do PM ao FAROL aconteceu no Hospam, diante o clima de dor, tristeza e indignação dos familiares de Ângelo Luckwu. “Esta semana prendemos seis meliantes, flagrados com armas de fogo após serem detidos foram levados à delegacia e soubemos dias depois que quatro deles, menores de idades, já estavam soltos. Ou seja, é muito difícil pra gente. É como se tivéssemos enxugando gelo, tentando resolver um problema que não tem fim”, lamentou o policial, que faz parte do grupo Malhas da Lei.

O garoto Ângelo foi alvejado numa tentativa de assalto, quando estava indo ao trabalho (relembre) às 6h30 da manhã. Segundo o PM que desabafou com o FAROL, frequentemente militares estão prendendo ou correndo atrás de suspeitos que geralmente já foram levados à delegacia por eles mesmos. Ele alerta que muitos dos menores de idades apreendidos em Serra Talhada acabam sendo liberados.