
Por Cornélio Pedro da Costa, Policial Civil e colunista e âncora do Farol
Olá faroleiros, hoje nossa crônica via de regra adentra a um tema sensível e necessário, que a cada dia se evidencia numa dura realidade e crise infinita mundial. Que impacta de sobremaneira o espaço volúvel do nosso meio ambiente, a chamada causa animal.
Sim, uma responsabilidade humana sem sombra de dúvidas, que gera crise no meio ambiente, sociedade e nas políticas públicas. Nas crises de animais de rua geralmente eles são abandonados, relegados ou desprezados. Humanamente falando há uma ambiguidade entre os dados estatísticos e as falas geradas a partir dos inúmeros discursos prontos, e a limitada prática e emprego de metodologias eficientes.
Tudo se contradiz quando olhamos sob o espectro dos chamados aumento de casos de acidentes neste confronto diário entre o ser consciente e o ser “senciente”.
É notório que naturalmente nadamos no preconceito moldado pelo medo, desinformação e pior, pela própria falta de responsabilidade quando os abandonamos ou deixamos a própria sorte num meio ambiente, impróprio, estranho, insalubre e perigoso, onde pela demanda do medo, desconfiança, tristeza e a solidão, tudo colabora para a determinada autodefesa muitas vezes confundida com agressividade.
Contextualizar essa causa apenas pelo seu impactante efeito é no mínimo ser cruel. O abandono é o principal causador desta crueldade humana, os motivos os mais covardes possíveis. Relativizar tudo ao legado de uma legislação que ainda engatinha no sentido de eficiência, não trará a melhor resposta sem que aconteça uma necessária crítica ambiental relacionada ao tema.
É visível o crescimento e desenvolvimento econômico neste setor, a cada dia surgem mais empresários, profissionais, especialidades técnicas, espaços de cuidados privados e fábricas. Dentre estes muitos beneficiados e favorecidos economicamente, seria importante essa reflexão de compartilhar juntos com as entidades públicas e não governamentais este desafio de quebrar as regras e criar comunidades temáticas além do cenário posto. É visível que a demanda só aumenta, o que nos coloca em cheque no aspecto pedagógico e dos resultados concretos.