Publicado às 04h40 desta segunda-feira (4)

Foto: Arquivo Farol

O delegado Alexandre Barros, responsável pelo caso do crime brutal que vitimou os serra-talhadenses Maicom dos Santos Silva, 24 anos, e Benjamin Soares da Silva, 56, concedeu entrevista nesse fim de semana à rádio Cultura FM, e revelou que o caso está sendo apurado a partir de três linhas de investigação.

Barros comentou que os corpos foram encontrados com indícios de tortura e de que haviam sido enterrados. O chefe de polícia também comentou sobre pistas encontradas no local do crime, próximo das margens da PE-418, falando de uma possível tentativa de queimar as vítimas.

“No local que presenciamos tinha uma latinha de Coca Cola que possivelmente foi utilizada para trazer o combustível para queimar os cadáveres, então não foram queimados por algum motivo, quem teve essa atitude não conseguiu colocar fogo nos cadáveres e aí ficaram algumas manchas de queimaduras em algumas partes dos corpos que localizamos, tinha uma vítima que estava com bastante lesões, machucada, e a gente vai investigar se isso era proveniente de uma tortura ou não”, disse o delegado.

“RESULTADO AINDA NO DECORRER DE ABRIL”

Segundo o delegado de polícia, a previsão é que a investigação obtenha seus primeiros dados positivos rumo à elucidação ainda este mês. “A gente não sabe precisar quando eles foram vistos pela última vez com vida, tem essa informação de que eles eram caçadores de passarinhos, e estamos trabalhando com três linhas de investigação que não podemos revelá-las, em razão do sigilo do inquérito policial. A gente acredita, que com o pensamento otimista, teremos resultado produtivo ainda no decorrer desse mês de abril”, afirmou Alexandre Barros, detalhando:

“Os corpos foram encontrados com indícios de que haviam sido enterrados, a gente está nesse momento tentando localizar onde possivelmente foram enterrados, de fato tem também indícios de que foram submetidos a tortura. Mas neste momento é prematuro tirar uma conclusão definitiva, por esse motivo é preciso esperar os laudos periciais feitos pelo IML e pelo IC (Instituto de Criminalística).”