Dona de casa denuncia HEC por negligência, estelionato e higiene

A dona de casa e agricultora Elisgiselle Soares, do município de Petrolândia, entrou em contato com a redação do Farol na manha desta segunda-feira para denunciar um drama que ela e seu esposo, internado há mais de 1 mês na UTI do Hospital Eduardo Campos estão vivendo.

O marido de Elisgiselle, Adriel Anderson foi vítima de um Derrame Pleural, conhecido popularmente como ‘água no pulmão’ e desde o dia 17 de julho está na Unidade de Terapia Intensiva do HEC.

Elisgiselle reclama da falta de informações claras sobre a situação de seu marido e afirma que estão tratando ele como um objeto e não como ser humano. A agricultora diz que há uma demora excessiva para transferir Anderson para Recife.

“A gente vê que ele não tem melhora. Está esperando uma vaga para fazer cirurgia e o hospital não dá retorno a gente. Eles querem que a gente espere que meu esposo saia dali em um caixão. Ele está sentindo dor, disse que tomou morfina e não dorme mais. Ele está muito debilitado. O hospital chega para dar boletim e diz: “você já sabe”. Eu não sei de nada. Se um médico vem me dar um relatório, ele tem que dizer o que é que eles pretendem fazer. Porque se eu soubesse, meu marido não estaria ali. Eles querem manter os pacientes numa cama daquelas para ganhar dinheiro do governo”, contou Elisgiselle.

FAMÍLIA SOFREU GOLPE DE FALSO MÉDICO DO HEC

A agricultora ainda informou que um suposto médico do Hospital Eduardo Campos entrou em contato com a família dizendo que Adriel precisaria de alguns exames. Ela disse que o suspeito sabia todos os detalhes do paciente e por isso, eles acreditaram e acabaram perdendo R$ 1.250.

“A gente foi roubado. E o hospital disse que a única coisa que podia fazer era ajudar com um esclarecimento. A pessoa que deu o golpe sabia qual era a UTI, leito, sabia tudo, até o dia que meu esposo se internou. Muita coisa tem que ser investigada ali. Se for preciso eu vou até ao inferno para tirar ele dali, mais ali ele não fica”, denunciou a agricultora.

Elisgiselle comentou que a higiene do local a incomodou. Ela conta que em um dos dias que acompanhava a hemodiálise do marido, notou que havia água, pedaços de luva e cabelos próximo a cama.

“Aquele hospital ali só tem aparência, porque cuidar das pessoas, ele não cuida não”, finalizou a dona de casa.

O OUTRO LADO

O Farol buscou escutar a versão do Hospital, que respondeu que só poderá dar uma resposta nessa terça-feira (2).