A movimentação vem sendo orquestrada com sutileza digna dos melhores estrategistas. Todos eles veem em Serra Talhada um manancial de votos para 2014 e começam a se aproximar contando com o apoio do prefeito Duque, que contraiu uma dívida impagável com o PT. Quando preterido pelo grupo do deputado Inocêncio Oliveira em 2012 para disputar as eleições passadas, Luciano ficou ao Deus dará. E viu no PT a tábua de salvação. O partido por sua vez enxergou nele a possibilidade de crescer e se beneficiar da popularidade do ex-prefeito Carlos Evandro, que garantiu a Duque a musculatura eleitoral necessária para vencer.
Consciente disso, o PT decidiu entrar no jogo de peito aberto e mão beijada como uma espécie de legenda de aluguel para salvar as intenções de poder do atual prefeito, que sempre foi ligado aos quadros conservadores do PMDB e do PR. Agora que se aproxima a eleição de 2014, os soldados petistas começam cair de paraquedas na trincheira serratalhadense esperando o momento certo da guerra começar e para cobrar a fatura de 2012 pela entrega da sigla a Luciano Duque.
A fatura, por sinal, já está carimbada e com data para descontar: outubro do próximo ano. E segue com os nomes dos três deputados e do senador. O federal João Paulo, durante entrevista a uma rádio local neste último final de semana, foi claro: “Serra Talhada é a nossa vitrine no Estado”. Principalmente, dentro da guerra fria que o partido vem travando com o governador Eduardo Campos. O prefeito Duque vai tentar pagar, por certo, a sua dívida. Mas quem receberá o valor de um aluguel tão caro?
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