“O pior problema que tive até agora foi o fogo amigo. Isto é uma coisa terrível. Alguns acham que a prefeitura é um saco sem fundo. Não tem coisa pior que lidar com este tipo de insatisfação”, disse Luciano Duque, em conversa com o FAROL, por telefone. Consciente da responsabilidade de governar a maior cidade do Sertão do Pajeú, Duque está convicto de que vai continuar ferindo interesses dos que insistem nos projetos pessoais.
“Vou continuar governando com responsabilidade e não vou ceder a caprichos de ninguém”, disparou o prefeito, arrematando. “Meu compromisso é ouvir as demandas do povo e buscar benefícios para a minha gente. Este é um governo diferente que não pode carregar vícios do passado”.
RETROSPECTIVA
No dicionário político, o chamado “fogo amigo” é a pressão que o gestor sofre dos próprios aliados. Neste semestre, pelos menos dois episódios chamaram a atenção da opinião pública. O primeiro foram as críticas disparadas pela vice-prefeita Tatiana Duarte (PSC), que de forma direta cobrou a garantia de um espaço maior no governo e acabou conquistando a Secretaria da Mulher.
O outro episódio foram os “torpedos” disparados pelo aliado Fred Pereira, que utilizou a imprensa para ter um reconhecimento do ponto de vista de cargos. Em ambos os casos o prefeito acabou cedendo, apesar de ter sido chamado até de “ditador de caneta”. Agora, segundo Duque, os tempos são outros.
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