SireneAlexandre Pereira Rodrigues, 37 anos, cunhado do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, enviou nota a redação do FAROL DE NOTÍCIAS rebatendo as informações registradas pela Polícia Militar de Pernambuco através do Boletim de Ocorrência 1439/2014.

De acordo com policiais do Gati, Alexandre foi levado até a Delegacia de Polícia por desacato, embriaguez e resistência à prisão, além de ter ameaçado o policiamento no trajeto até a delegacia. O fato aconteceu nessa terça-feira (6) na Estação do Forró, durante as festividades do aniversário de Serra Talhada.

DIREITO DE RESPOSTA

Os fatos constantes no Boletim de Ocorrência fornecido pela PM à imprensa, conforme cita a matéria deste blog datada de 07.05.14 não condizem com a realidade, por este motivo, como parte citada e me sentindo ultrajado, venho apresentar a verdadeira versão da questão.

Na madrugada do dia 06 de maio de 2014 me dirigi ao palco onde ocorria o show, ia levar um comunicado do prefeito aos coordenadores do evento, no entanto, os seguranças me impediram de entrar, mesmo me identificando e anunciando o motivo de minha estada ali. Quero observar que naquele momento alguns policias faziam um lanche numa área próxima, reservada pela Prefeitura para este fim. Enquanto argumentava com os seguranças, uma das coordenadoras do evento autorizou minha entrada, o que foi feito de imediato.

Entrei no ambiente e fui fazer as recomendações sugeridas pelo prefeito. Devo ter permanecido no local cerca de 20 minutos e, neste tempo, nada demais aconteceu. Para minha surpresa, depois de passado este tempo, ao sair do local fui brutalmente abordado pela equipe do GATI, que espreitava minha saída e de forma abusiva e truculenta me agrediram e deram voz de prisão de forma ilegal e abusiva.

Nem mesmo com a chegada da minha família os policiais abrandaram os ânimos e continuaram agindo com truculência usando força desnecessária. Saliento que em nenhum momento desacatei, ameacei ou fui desrespeitoso com a força policial, tampouco estava embriagado como acusaram no boletim, pelo contrário, fui agredido de forma condenável e, no momento inicial da agressão, sequer pude identificar que eram policiais, pois se colocaram em tocaia a minha espera em um local de pouca luminosidade.

Adianto ainda que esse episódio será devidamente esclarecido aos órgãos competentes. Tomarei todas as medidas administrativas (disciplinares) perante a Polícia Militar. Retornarei a Delegacia de Polícia para abrir um inquérito policial contras os policiais e também entrarei com uma representação junto ao Ministério Público Estadual em decorrência do abuso de autoridade e maus tratos que sofri.

Respeito e admiro a valorosa Polícia Militar de Pernambuco, tenho familiares e amigos que dignificam a farda que usam, bem como acredito que uma corporação não pode ser maculada pelo despreparo de alguns dos seus componentes. Por fim, até agora não consigo entender os motivos que levaram àqueles policias a agirem daquela maneira, pois se alegam que entrei a força no camarim que dá acesso ao palco, tal afirmação cai por terra quando eles mesmos assistiram quando foi permitida a minha entrada e permanência no local.

Alexandre Pereira Rodrigues

CIDADÃO