A Câmara dos Deputados, por 274 votos a favor e 184 contra, aprovou o relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG) alterando o texto do Código Florestal do Senado, o que significou uma vitória do setor agropecuário e provocou protestos dos ecologistas. O código será enviado agora para a aprovação da presidente Dilma Rousseff, que afirmou em ocasiões anteriores que poderia vetar alguns pontos da lei.

De acordo com o texto aprovado ontem, foi mantida a obrigatoriedade de recompor com vegetação nativa a margem de rios com até dez metros de largura. Por outro lado, nos rios com mais de dez metros de largura, foi retirada a necessidade de reflorestar a margem. Além disso, foi retirado o artigo que impedia o recebimento de crédito agrícola por produtores que não promovessem a regularização ambiental em cinco anos.

Organizações ambientalistas se manifestaram contra o novo código. O Greenpeace, que há meses promove a campanha “Veta Dilma”, acompanhou a votação na Câmara por meio do Twitter e pediu que os internautas fizessem uma campanha para condenar o código, considerado pela ONG como um “desastre ambiental”. O maior impacto do novo conjunto de leis, segundo as organizações defensoras do meio ambiente, será sentido na região amazônica, que já perdeu boa parte de sua vegetação original em função do desmatamento.

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