câmara-deputadosO impeachment da presidente afastada Dilma Rousseffe o processo de cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha(PMDB-RJ) voltam à pauta dos congressistas nesta semana.

Na terça-feira (9), o Senado vai abrir sessão para decidir se a petista será levada a julgamento final. Os senadores vão analisar e votar o relatório da comissão especial do impeachment aprovado pelo colegiado em sessão da última quinta-feira (4).

O documento, elaborado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), recomenda o julgamento de Dilma porque, na visão do tucano, é procedente a denúncia de que a presidente afastada cometeu crime de responsabilidade ao editar decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso e ao praticar “pedaladas fiscais”.

De acordo com previsão do Supremo Tribunal Federal (STF), a sessão, chamada de “pronúncia”, deve durar cerca de 20 horas. Com isso, a decisão só deve sair no começo da manhã de quarta-feira (10).

Para ser aprovado, o relatório precisa dos votos da maioria simples dos senadores. Se o Senado rejeitar o parecer, a denúncia contra Dilma será arquivada. No entanto, os próprios aliados da petista já reconhecem que o relatório será aprovado.

No caso de aprovação do parecer, caberá ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que conduz o processo de impeachment, marcar a data do julgamento final, previsto para o fim do mês.

Cunha
Já na Câmara, a leitura da decisão que recomenda a cassação do mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve acontecer no plenário nesta segunda-feira (8), de acordo com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Com isso, passará a contar o prazo de duas sessões ordinárias (de debates ou votações) para que o processo seja incluído na pauta de votação.

A data de votação, porém, só deverá ser definida após reunião do presidente da Câmara com os líderes dos partidos, prevista para a tarde desta segunda.

Cunha é acusado de ter mentido sobre a existência de contas na Suíça em depoimento na CPI da Petrobras. O peemedebista, que renunciou à presidência da Câmara no mês passado, responde por quebra de decoro parlamentar. Ele nega e diz apenas ser o beneficiário de bens geridos por trustes no exterior, que são empresas jurídicas que administram fundos.

Do G 1