Nesta segunda-feira (29), Giovanni Sá recebeu no Programa Falando Francamente, da Tv Farol de Notícias no YouTube, Aparecida Pereira, integrante da direção nacional do Movimento sem Terra e do setor de gênero, no estado. Durante a entrevista, ela falou sobre a decisão do Reitor da Universidade Federal de Pernambuco, UFPE, em abrir vagas no curso de Medicina, para residentes em assentamentos.
A cidade de Serra Talhada conta com dez estudantes, de um total de dezesseis inscritos na região, que se enquadram nesta modalidade de concorrência.
Durante a entrevista, ela lamentou que setores da elite econômica do estado estejam lutando para derrubar a proposta. O debate já chegou na Assembleia Legislativa de Pernambuco, com uma forte reação do deputado Alberto Feitosa, que é bolsonarista.
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“Para a gente, isso prova mais uma vez, que a elite brasileira não quer pobres, filho de pobres, estudando e nem tendo conhecimento, porque hoje, temos mais de duzentos mil estudantes formados pelo programa do PRONERA em todo o país. Temos agronômos, advogados, professores, tudo filhos de assentados ou assentados, igual a mim, que fui formada pelo PRONERA e hoje sou formada em Ciências Sociais, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, fiz depois dos 40 anos, muitos jovens dizendo que iam passar porque tinham feito preparatório e eu fui com a cara e com a coragem e passei e em todo o país, tem cursos do PRONERA”, explicou Aparecida, continuando:
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“Esse é o primeiro curso que está sendo com a formação no Brasil, a gente já esperava esta reação da elite brasileira, porque é um curso para a elite e não para filho de trabalhador e nem trabalhador rural. Então, a gente já esperava, estamos aqui e vamos lutar para que nossos jovens, nossos assentados, nossos acampados, possam ser médicos. Eu costumo dizer que na luta do povo, ninguém se cansa, é dificil enfrentar, mas vamos enfrentar, igual enfrentamos o curso de Direito, que teve esta mesma polêmica, mas hoje temos advogados do estado de Pernambuco atuando muito bem e assim a gente vai seguindo com aquele que deseja um futuro melhor para si, para seus filhos”, finalizou.
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7 comentários em Dez estudantes filhos de assentados em ST lutam para fazer medicina na UFPE