De 19 a 23 de março, alunos da rede municipal e estadual de ensino participam da Semana da Água em Serra Talhada, em alusão ao Dia Mundial da Água. O evento é promovido pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), em parceria com as Secretarias de Educação e Agricultura da Capital do Xaxado. Na ação, os discentes participam de palestras, experimentos e visitas na Estação Experimental do IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco). 

Dentro da temática Água e Segurança Alimentar, os alunos conheceram técnicas utilizadas na produção de larvas de peixes de açude, guiados pelo engenheiro de pesca Carlos Guerra. Os estudantes também participaram de experiências de produção agroecológica, do emprego de técnicas de irrigação no Semiárido e projetos de revitalizações de riacho.

Rio Pajeú

Apesar da mobilização do Dia Mundial da Água, a população de Serra Talhada não tem muito o que comemorar, pois o  rio Pajeú, que corta a cidade, está morrendo. A discussão é antiga, e vários órgãos que atuam com a preservação do bioma Caatinga vem promovendo ações de combate ao assoriamento do rio e contra a poluição dele. Para terror de ambientalistas da Capital do Xaxado, a população vem fazendo do rio Pajeú local para descarregar lixo.

Por muito tempo, o Rio Pajeú foi cantado por artistas e poeta pelas suas riquezas e abundância d´água. Atualmente, a área da nascente é de propriedade privada e se encontra em estágio avançado de degradação e desertificação. O local está a 8 km da sede do município de Brejinho.

“O nosso objetivo é chamar a atenção das autoridades, poder público, promotoria pública e população para o desmatamento e poluição do Rio Pajeú”, alerta o Cecor (Centro de Educação Comunitária Rural), Organização Não Governamental fundada em agosto de 1992.