Mesmo após mais de um século de luta por igualdade de condições entre homens e mulheres nos Estados Unidos, elas só deverão ter salários equiparados aos deles daqui a 135 anos, em 2152, segundo projeção divulgada na semana passada pela Associação Americana de Mulheres Universitárias (American Association of University Women – AAUW).

O estudo Simple Truth about the Gender Pay GAP (A Simples Verdade Sobre a Desigualdade Salarial de Gêneros, em tradução livre) aponta que, em 2015, as trabalhadoras em tempo integral nos Estados Unidos ganhavam 80% menos que os homens.

Apesar do valor menor, o salário já era reflexo de melhorias constantes para as mulheres no período de 1960 até 2000. Entretanto, desde 2001, observa-se maior lentidão na tentativa de deixar os salários menos desiguais – o que só permitiria que fossem igualados em 2152.

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De acordo com o estudo, a diminuição das desigualdades registradas de 1960 em diante estava diretamente ligada ao aumento da escolaridade das mulheres.

O estudo mostra que a brecha salarial, o chamado “gap” (em inglês), tem efeitos negativos financeiros duradouros. Em 2015, 14% das mulheres norte-americanas entre 18 e 64 anos de idade, viviam abaixo da linha de miséria, enquanto esse percentual entre os homens é de 11%.

Mudanças nas estruturas familiares também têm afetado a vida das mulheres. Em 2012, a proporção de mulheres chefes de família atingiu o patamar de 40%. Por isso, diz o documento, os índices de pobreza aumentaram, porque cada vez mais mulheres passam a sustentar sozinhas a família, sem uma melhoria salarial equiparada à condição dos trabalhadores.

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Em outra estimativa baseada na participação por gênero, o Centro de Pesquisa Pew Reseacher avalia que a participação das mulheres no mercado de trabalho deve atingir o percentual máximo em alguns anos, mas deve seguir uma tendência de ser sempre minoria e nunca chegar aos 50% da força laboral norte-americana.

A conclusão do Pew Reseacher baseou-se em números oficiais do Bureau of Labor Statistist. Na análise do centro de pesquisa, a participação de mulheres no mercado vem crescendo e poderá atingir o pico de 47,5% em 2025 e depois começar a diminuir.

Do JC Online