Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Por Folha de Pernambuco
Solicitadas pelo presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), imagens de câmeras de segurança internas do Ministério da Justiça foram apagadas.
Segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino, o contrato de prestação de serviço com a empresa responsável pela segurança da pasta — que monitora as imagens —, não preve o armazenamento das filmagens por um longo período.
Logo após os ataques de 8 de janeiro, a Polícia Federal apreendeu imagens de câmeras posicionadas do lado externo do prédio do Ministério da Justiça para analisar e incluir nas investigações. Após pedido da CPMI, essas imagens foram enviadas aos parlamentares.
Parlamentares da oposição e o presidente do colegiado, no entanto, solicitaram vídeos das outras câmeras instaladas na pasta, principalmente as do circuito interno, que na época não foram recolhidas pela PF.
Maia chegou a anunciar que pediria ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ordem para que o ministro da Justiça entregasse as imagens à CPMI.
“Quando a CPMI disse que as imagens estavam incompletas, o secretário-executivo estava fazendo o que? Buscando essas imagens. Todas as fontes possíveis, celulares e outras câmeras possíveis para tentar ter mais imagens. Embora, frise, são absolutamente irrelevantes para as investigações. As imagens que aparecerem, eventualmente, serão enviadas, porque nós não temos nada para esconder. Nada, rigorosamente nada”, disse o ministro da Justiça, Flavio Dino.
Segundo Dino, o mesmo problema aconteceu com algumas imagens capturadas pelo circuito do Senado. Em que imagens que não foram salvas a tempo expiraram.
“Agora, essas imagens vão mudar a realidade dos fatos? Não, não vai aparecer um disco voador”, disse.
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