Do G1

A direção do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta sexta-feira (26) o pacote de ajuda de US$ 56,3 bilhões para a Argentina com o objetivo de ajudar a estabilizar a economia do país. O FMI anunciou que esta aprovação libera 5,7 bilhões para o governo imediatamente.

“A Direção Executiva da del Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu no dia de hoje a primeira revisão do desempenho econômico da Argentina em virtude do Acordo Stand-By (SBA) de 36 meses que foi aprovado em 20 de junho de 2018”, disse o organismo em um comunicado.

O país conseguiu um empréstimo de US$ 50 bilhões do FMI em junho, dos quais já recebeu US$ 15 bilhões, mas Buenos Aires precisou voltar ao organismo para obter apoio adicional com desembolsos mais rápido.

O acordo para ampliar socorro financeiro ao país tinha foi fechado no final de setembro. Na ocasião, o valor total do empréstimo foi estimado em US$ 57,1 bilhões.

A aprovação do pacote de ajuda acontece após a Câmara dos Deputados da Argentina ter aprovado na véspera o austero projeto orçamentário para 2019, que prevê uma série de cortes para atender as exigências feitas pelo FMI.

O orçamento em discussão no Congresso propõe zerar o déficit orçamentário do país no próximo ano, através de fortes ajustes de gastos em diversas áreas do governo. O governo Macri propõe cortar US$ 10 bilhões em gastos com saúde, educação, pesquisa, transportes, obras públicas e cultura, entre outros.

A popularidade de Macri tem caído uma vez que ele cortou benefícios previdenciário e subsídios a empresas de serviços públicos. A polícia usou balas de borracha contra manifestantes na frente do Congresso na quarta-feira, quando parlamentares debatiam e depois aprovaram a lei orçamentária de 2019, que codifica as metas fiscais definidas com o FMI.

Agora, a proposta orçamentária vai para o Senado, onde deve ser votada no próximo mês. Visando a reeleição em 2019, Macri negociou uma ampliação do apoio financeiro do FMI, para US$ 57 bilhões, se comprometendo a cortar seu déficit fiscal primário de uma previsão de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018.

Também prevê a redução da inflação estimada em 42% neste ano para 23% no próximo, enquanto aposta em uma retração econômica de -2% neste ano e de -0,5% em 2019.