Publicado às 03h47 desta terça-feira (31)

Um grupo intitulado Direita de Serra Talhada, criado para defender as ideias do pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro, do PSC, garante que já esperava a pichação do outdoor instalado nas proximidades do anel viário, em Serra Talhada, montado no último sábado (28).

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Durante entrevista ao programa Frequência Democrática, na rádio Vila Bela FM, a Direita de Serra aproveitou para divulgar alguns aspectos sobre o grupo e levantaram suspeitas de que o ataque pode ter partido de estudantes da Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST).

“Na verdade, o campo que a gente espera esse tipo de reação é o campo acadêmico hoje em Serra Talhada, principalmente o federal. É a única instituição que tem um núcleo organizado que já pratica esse tipo de pichação dentro da cidade”, declarou uma das integrantes do grupo Brenda Nogueira, aproveitando para criticar a grafia da frase pichada ‘facista’ (sem o ‘s’). “É um retrato do que eles passam lá dentro”, disse.

“Já colocamos o outdoor com a possibilidade de ser destruído. É tão provável que a gente mandou colocar o outdoor na hora que a gente estava lá, porque a gente sabia que iam destruir. E falamos lá no no ato que iriam destruir, porque sofremos várias ameaças no Facebook, no Whatsapp, pessoas dizendo que isso era inadmissível em Serra Talhada. Ficamos muito felizes com a pichação, porque mostrou o nível das pessoas que são contra o nosso projeto. Escreveram até errado o nome fascista. E pela repercussão, porque o nosso movimento acabou ganhando força com esse ato da esquerda”, reforçou Hélder Menezes, outro integrante do grupo.

PT

Ao ser questionado sobre a origem da pichação, os simpatizantes de Jair Bolsonaro isentaram o Partido dos Trabalhadores (PT) da ação. “Não associamos este ato a ninguém que faça parte do PT ou da prefeitura ou do governo atual. Não associamos isso, mas são pessoas de esquerda que fizeram”, disse Hélder Menezes.

PERFIL

O grupo Direita de Serra Talhada é formado por jovens e adultos com apoio de empresários, profissionais liberais e até ex-políticos serra-talhadenses que tiveram seus nomes omitidos. Ainda durante a entrevista, foi revelado um pouco do perfil da organização.

“A gente é um grupo já antigo na cidade, agora a gente está começando a se articular melhor, distribuir tarefas entre os membros para assim conseguirmos fazer um trabalho de informação a sociedade serra-talhadense, que é expor as ideias de direita, as ideias conservadoras, um contraponto à esquerda”, reforçou Hélder Menezes.