Há uma paixão duradoura que move Pimentel. Há anos ele tem de percorrer uma via-crúcis para montar o espetáculo no Marco Zero do Recife. Talvez não haja outro que suporte essa cruz… Sobre a temporada deste ano – que começa na Sexta da Paixão, dia 14 de abril, e segue até a Páscoa, dia 16 -, conta que pensou em não fazer, mas fará. “Por conta do aperto da crise”, justifica. “A gente está permanentemente em crise”, completa.
Atores, técnicos, todos, receberão este ano cachês iguais aos de quatro anos atrás. De lá pra cá nem R$ 1 a mais e alguns a menos. Da Prefeitura do Recife, revela, deve receber R$ 228 mil, 24% a menos dos R$ 300 mil injetados no ano passado. “Vou continuar brigando para não cortar… Faz uma diferença imensa”, calcula.
De onde vem sua força? Perguntamos a José Pimentel, pelo empenho ano a ano para montar o espetáculo. “Só dele mesmo… Sou mais da realidade, do pé no chão, mas acredito que Jesus existiu, sim; que esse homem passou pela terra. A Paixão é um espetáculo teatral, mas sobre uma figura importantíssima da história do Cristianismo. Deve surgir alguma força pra gente continuar”, responde, crente. “E vai ser um bonito espetáculo. Com a ajuda de Deus, do filho, Jesus, e do Espírito Santo”. Amém.
Do NE10