Domá justifica 'Tributo a Lampião' no mês natalino em STPublicado às 13h45 desta segunda (18)

O presidente da Fundação de Cultura de Serra Talhada, Anildomá Willams de Souza, justificou-se diante a polêmica que vem causando o seu projeto “Tributo a Virgulino”, em homenagem a Lampião, para bancar a grade de atrações do mês natalino em Serra Talhada.

Falando ao Programa Frequência Democrática, nesta segunda (18) na rádio Vilabela FM, ‘Domá’ explicou-se dizendo que não tem a intenção de macular a tradição do menino Jesus glorificando a figura do cangaceiro.

Na verdade, segundo ele, o projeto “Tributo a Virgulino”, que deveria ter uma verba liberada pelo Governo Federal no valor de R$ 150 mil em julho passado, recebeu o dinheiro só neste final de ano. Então, para não perder o repasse, o montante foi reaproveitado pela Prefeitura para o Natal e Réveillon.

“Passou o mês de julho e nós ficamos futucando aquele recurso. Então, há um mês atrás recebemos a informação de que poderíamos superar a parte burocrática com alguns documentos e reconquistar esse recurso. Então, esse recurso quando apareceu, a gente pensou montar uma programação bacana para o mês de Natal. Como nós estávamos dentro de 2017, que se lembra os 120 anos de Lampião, então ainda se justificaria pegar esse recurso. Por isso pensamos fazer a programação de Natal com o recurso desse projeto, com o conteúdo que iríamos realizar no mês de julho, para garantir esse repasse e o evento tinha esse nome”, revelou.

FÉ SÓLIDA

‘Domá’ lamentou que alguns tenham interpretado o “Tributo a Virgulino” no período natalino de forma pejorativa, porque sua intenção não seria menosprezar a lembrança de Jesus Cristo. Sempre irreverente, ‘Domá’ sapecou que quem se abala com isso são pessoas sem uma ‘fé sólida’.

“Se alguém do ponto de vista sentimental e religioso se sentiu ferido, não foi a nossa intenção. Não, não… Não é nada disso. De forma alguma. As pessoas sabem que tenho formação e que ela passa por princípios religiosos. Nós estamos apenas realizando uma programação para o fim do ano em que um recurso tem esse nome (Tributo a Virgulino). Mas se alguém se sente ofendido com isso, peço desculpas, pois só estamos fazendo um evento”, disse o presidente da Fundação Cultural de Serra, concluindo:

“Quem tem uma fé sólida não se sente, de forma alguma, abalado com isso. Nossa intenção foi usar uma rubrica de uma emenda que nós aproveitamos para a ocasião. Estamos trabalhando os elementos de nossa cultura durante todo o ano. Não é uma agressão à religiosidade ou confronto com os sentimentos religiosos de A, B, C ou D de forma alguma ou muito menos uma obsessão pelo cangaço ou a Lampião”.