Publicado às 13h35 desta terça-feira (8)

Completar mais um ciclo de vida é uma dádiva e um privilégio por mais uma oportunidade, e poder contemplar seu aniversário de 100 anos, nos dias atuais, é um milagre. Hoje, terça-feira (8), Dona Aurea Florentino de Albuquerque, natural de Conceição-PB, moradora do bairro Bom Jesus, em Serra Talhada, há 20 anos, alcançou esse milagre e comemora seu centenário saudável e distribuindo sorrisos como sempre tem sido.

Dona Aurea casou-se duas vezes, porém perdeu seus companheiros, teve 11 filhos e muitos netos e bisnetos. Sempre foi uma mulher forte, trabalhadora e de um humor incomparável. Revelou ao Farol, durante uma agradável e animada conversa, que trabalhava na roça, criava gado, galinha, porco, tinha roça de algodão. Que apesar de na zona rural não ter emprego trabalham muito e que é muito bom para os agricultores quando Deus manda muito inverno.

A matriarca está muito bem de saúde e expressa uma alegria contagiante por poder comemorar seu aniversário de 100 anos, diz que sempre pede a Deus para viver mais, inclusive pede para viver mais 100 anos. Dona Aurea afirmou que não sabe o segredo da longevidade, que é a vontade de Deus, porém aconselha as pessoas a viver bem para viver mais.

”Estou bem, graças a Deus! Estou animada toda, estou completando 100 anos vamos fazer a festa de 100 anos e quando completar 200 outra festa. Eu não sei qual o segredo para viver muito, mas foi porque Deus quis, e eu peço a Deus todo dia para viver muito, eu vou pedir a ele para viver mais 100. As pessoas devem fazer tudo quanto for bom para viver bem e viver mais,” disse.

LEMBRANÇAS E SONHO DE CASAMENTO

Questionada sobre suas boas lembranças, ela afirmou que tem muitas boas, mas o que mais recorda e sente falta é da época da mãe. Segundo ela, foi um tempo de muita fartura. ”Lembro muito da época da casa da minha mãe, Joana Florentino, o tempo era bom. Na minha casa tudo era bom, tinha muita fartura, tudo era muito. Queijo, graças a Deus tinha muito, muito leite, muita coalhada, muita terra boa de trabalhar. Mas eu não conheci meu pai. Não lembro dele, minha mãe dizia que ele morreu quando eu tinha 10 anos.”

Diante do seu bom humor e com muitas gargalhadas, Dona Aurea também relembrou sua mocidade, das festas de casamento que frequentava e ainda brincou dizendo que se encontrasse um bom pretendente ainda casava novamente, mas foi específica quando descreveu o possível namorado.

”Graças a Deus sempre fui alegre assim, gostava muito de festa de dançar e era namoradeira quando era moça, namoradeira e dançadeira. No tempo que eu era moça as coisas era outra, era um tempo bom. Fiquei viúva a segunda vez já faz tempo, tem uns 30 anos, foi antes de vir morar aqui em Serra, mas se eu achasse um cabra bom, gordo, novo, de 50 anos pra cá, não quero velho não, eu quero um cabra que me bote nos braços e leve.”, resumiu.