Famílias dizem que estão abandonadas e 'invisíveis' em ST

Publicado às 14h desta sexta-feira (16)

Cinco famílias que residem em Serra Talhada estão em situação de desprezo e vulnerabilidade, sem ter qualquer usufruto dos serviços básico. Elas não possuem luz, água encanada, limpeza urbana, e muito menos acesso a saúde.

Todos residem na comunidade da Pedra do Sino, ou Malhada Vermelha, bem próximo ao bairro Mutirão, mas é como se não existissem.

“A gente se sente desprezado, humilhado e até invisível para os que deveriam cuidar da gente. E quando se fala em saúde é pior, porque o sistema não reconhece a nossa comunidade. Não somos atendidos no Mutirão, porque não moramos lá. Nenhum posto aceita a gente. Temos que correr para o Hospam, ou aguardar qualquer serviço noturno”, desabafou Thays Damara do Nascimento Lima, 29 anos, mãe de dois filhos, um de oito e outro de apenas dois anos.

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Desempregada, junto com marido, a ‘cidadã-invisível’ luta desde 2019 para ter energia elétrica nas cinco casas. Não foi por falta de pedido. Mostrou ao Farol vários ofícios enviados a empresa Neonergia. Nada aconteceu: “Vieram algumas vezes aqui, mas não desceram do carro”, lamentou. A saída foi puxar uma ‘gambiarra’ de um ferro velho no local.

O drama da falta de água também dói no bolso. Cada família gasta em média R$ 150 por mês para comprar o serviço via carro pipa. “A gente adora quando chove, só Deus que nos ajuda, porque alivia. Usamos água da chuva pra tudo”, admitiu”. Mas recente, para aumentar o drama, todos foram vitimas de uma praga do besouro ‘barbeiro’, mas tudo acabou bem. Enquanto ninguém toma providências, os ‘invisíveis’ só  pensam em evitar tragédias.

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“Corremos risco de ter um incêndio aqui, porque é uma rede para suportar cinco casas. Por outro lado, tudo é difícil pra gente. Um gás de cozinha, por exemplo, chega por R$ 150”, lamentou Thays Damara, que vive do Bolsa Família, e dos ‘bicos’ feitos pelo marido. “Eu suplico ajuda com urgência. Quem puder faça contato- 87-99568090”, resumiu em tom de desabafo.

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