selo-farolQuando Luiz Gonzaga cantou suas histórias de amor através do cenário sertanejo não imaginava que um dia sua paisagem poderia estar tão ameaçada de extinção. Duas emblemáticas espécies da Caatinga estão secando sem aparente explicação diante do olhar intrigado dos moradores da zona rural de Serra Talhada e região. As plantas quixabeira e juazeiro estão secando enquanto todo o resto da mata permanece verde. Ambientalistas e admiradores do nosso bioma temem que as duas espécies sejam extintas e chamam a atenção de estudiosos da área para o caso.

Em conversa com o FAROL, o ambientalista Bonzinho Magalhães alegou que em sua propriedade, a Fazenda Buenos Aires, às margens da PE-418, que espécies da quixabeira e juazeiro estão secando, mantendo frutos no pé e folhas sem aparentes rastros de lagartas. “Veja bem, duas árvores grandes de quixabeira e juazeiro uma ao lado da outra, ao redor toda a vegetação está verde e elas duas secas. Há uma hipótese de que sejam lagartas, mas as folhas não têm mordidas e estão literalmente secando e caindo. É necessário um estudo aprofundado sobre o caso”.

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Bonzinho Magalhães também solicitou que professores da UFRPE/Uast, pesquisadores da Embrapa, Ipa e demais instituições competentes investiguem as duas espécies. De acordo com Tito Ferraz Jota, supervisor regional de extensão rural do Ipa, os moradores de Saco da Roça observaram lagartas nas plantas. “Eu vejo isso como uma coisa muito séria e temos que unir forças para pesquisar esses problemas com a quixabeira e o juazeiro. Há realmente indícios que seja um tipo de lagarta ou ainda uma broca que atinge a planta de dentro para fora”, finalizou.

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