Publicado às 10h desta sexta-feira (26)

O prefeito Luciano Duque revelou, durante entrevista de rádio recentemente, que sabe que a diretora da XI Geres, Carla Milene, “vive em grupo de zap falando mal do governo” apontando falhas na gestão municipal da saúde. Apesar disso, nas palavras do prefeito, “não me interessa briga”. Segundo Luciano, é preciso “desarmar os espíritos” para que os problemas da população sejam resolvidos num trabalho em parceria entre as duas redes de atendimento.

Luciano comentou o fato do Hospam ter alegado que cerca de 70% dos atendimentos no hospital são da população do próprio município, de casos que deveriam estar sendo solucionados nas unidades básicas dos bairros. O prefeito chegou a parabenizar o diretor do hospital, João Antônio, por estar, mesmo assim, prestando atendimento, mas o aconselhou – quando comprovado que o paciente não seja de urgência – que mande-o de volta para que procure o posto de saúde mais próximo. Pois, segundo Duque, há médico sim nas UBS’s.

“Eu volto a desarmar os espíritos, eu não tenho interesse em briga. Eu quero que o diretor do Hospital [João Antônio] e a diretora da Geres [Carla Milene] seja parceira do município e não inimiga que vive comentando em grupo de zap falando mal do governo, que vive dizendo que a atenção básica não funciona… Mas a atenção básica funciona. Nós temos 23 unidades, fora as unidades rurais que funcionam. Eventualmente falta um médico que está ou de férias ou porque o programa Mais Médicos não mandou. Mas eu desafio: vamos andar de posto em posto, chama os vereadores da situação e da oposição, e vamos andar nos postos para ver se não tem médico?”, provocou Luciano, argumentando:

“Nós temos atendimento noturno em três unidades de saúde, coisa inovadora que não se vê em lugar nenhum. Nós atendemos no Alto da Conceição, no bairro Vila Bela e no Bom Jesus. Agora, se tem uma demanda que ela diz que 90% do povo de Serra Talhada vai para o Hospital Regional eu parabenizo o hospital [Hospam] por estar atendendo, mas nós [Prefeitura] estamos fazendo a nossa parte. Se ele [João Antônio] está dizendo isso [que a grande demanda do Hospam é local], ele mande o paciente voltar para o posto de saúde, porque o posto de saúde está lá para atender. Nós temos, para cada posto de saúde, o que preconiza o Ministério [da Saúde], de atender 4 mil pessoas e isso nós estamos fazendo”.