bodega 2FOTOS: FAROL DE NOTÍCIAS/ ALEJANDRO GARCIA

Nas décadas de 60/70 a cena mais comum nas ruas de Serra Talhada era a figura da bodega. Um comércio onde se encontrava quase tudo e que, na época, também servia de ponto de encontro de amigos. Na bodega se via desde o perfume, aos alimentos de primeira necessidade e o que não faltava era assunto para frutificar as rodas de conversas. Aos poucos, este ramo comercial foi sendo substituído pelos mercadinhos e muitos foram transformados em bares.

Mas não foi o que aconteceu com a Bodega do Rildo, que continua de portas abertas em frente a Praça Lampião, no bairro São Cristovão em Serra Talhada. Há 26 anos que Rildo Cordeiro funciona de domingo a domingo e seus principais concorrentes se renderam a modernidade.

“Este é o meu sustento há 26 anos e vem de família. Aqui tinha mais duas outras bodegas. Uma se transformou num salão de beleza e a outra virou um bar. Mas a gente vai continuar do mesmo jeito”, disse Rildo Cordeiro, de 52 anos, que controla tudo numa grande cadernetas de anotações. “Não tem esse negócio de cartão porque o ponto é pequeno. É tudo no caderno. Tenho cerca de 50 clientes cadastrados que são fiéis”, diz ele com orgulho, exibindo um calhamaço de papéis.

Feijão, arroz, perfumes e sabonetes, e muitos outros produtos ainda se encontram empilhados nas velhas prateleiras. O ambiente ainda é apertado e não há planos para expansão. “Não dá para ampliar porque eu moro nos fundos da bodega. Ela (a bodega) é a extensão da minha casa. Mas tá muito bom”, garante Rildo Cordeiro, afirmando ainda que o faturamento mensal oscila entre R$ 8 mil a R$ 10 mil. “Vou continuar na bodega porque é o sustento da minha família”, finalizou.

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