Os piques de inflação estão interferindo no dia a dia da economia de Serra Talhada. Pelo menos é a justificativa de alguns empresários que estão demitindo funcionários para diminuir custos e continuar tocando os negócios.

O FAROL apurou que o grupo Pajeú, um dos que mais empregam na Capital do Xaxado, chegou a realizar pelo menos 200 demissões, em todo o Estado, visando driblar uma crise que está rodando as prateleiras dos supermercados.

“Realizamos algumas demissões, não sei se chegou a estes números, mas não foi apenas em Serra Talhada. Foi em toda a rede. Estamos equacionando os custos para deixar a empresa mais competitiva”, disse o empresário Antonio Caiçara, diretor-presidente do  grupo Pajeú.

Uma das justificativas para redução de despesas foi a expectativa de inflação alta que ronda as prateleiras dos supermercados. “Antes, nós víamos que o consumidor deixava no carrinho alguns produtos supérfluos. Agora, a dona de casa já deixa alimentos de primeira necessidade. Está existindo uma inflação camuflada que Brasília não quer que apareça”, disse Caiçara.

O empresário lamenta as demissões mas garante que o trabalhador que recebe salário mínimo não foi prejudicado. “Foram demitidos aqueles que estavam com os salários fora do mercado. Meu problema é custo. E foi isto que fizemos. Reduzimos nas faixas mais altas de salários”, resumiu Antonio Caiçara.