expo 6Foto: Alejandro García/ Arquivo

Sempre tive uma relação de cordialidade e respeito com o deputado Manoel Santos, que faleceu nesse domingo (19), em São Paulo. Confesso, que também nutria uma admiração pela sua coerência, especialmente, pela forma que lidava com às críticas e a imprensa.

Certa feita, quando ancorava um programa numa rádio de Serra Talhada, fiz uma pergunta meia ‘sai justa’ para o petista, questionando a sua baixa produção na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Após sair do embaraço, pensei com os meus botões: “pronto, perdi um amigo e uma fonte”. Mas me enganei, Manoel Santos me deu um abraço e sapecou. “Você quer me lascar, seu danado”.

Neste período, o deputado já travava uma luta silenciosa contra o câncer, o que prejudicou e muito o seu desempenho na Alepe. Tive um segundo encontro com ‘Mané de Serra’ logo após as eleições, ele procurou a redação do FAROL para agradecer os eleitores numa entrevista exclusiva. Foi a ultima vez que nos encontramos, tomamos café juntos e demos boas risadas. Inclusive, sobre a ‘saia justa’.

manoel santos

Desde então, sempre acreditei que Manoel Santos era um exemplo de um político que sabia absorver críticas, porque era um democrata e sabia respeitar o papel da imprensa. Só fico preocupado com o perfil do deputado que irá substituir o serratalhadense. Quem assume é o Manoel Botafogo (PDT), ex-prefeito de Carpina, na zona da Mata.

A sua proeza de destaque foi atacar um radialista da sua cidade com um facão, por não aceitar críticas. Acho que Botafogo deveria ‘baixar o facho’ e seguir o exemplo de honradez do matuto Manoel Santos, um exemplo a ser seguido.