O secretário de Educação de Serra Talhada, Edmar Júnior, foi o convidado desta sexta-feira (26) do programa Falando Francamente, na TV Farol. Por cerca de 1 hora, o professor respondeu perguntas dos telespectadores, e deu a sua versão sobre o desvio de R$ 9 milhões do Fundeb, para cobrir despesas deixadas pelo ex-secretário Erivonaldo Alves.
O desvio de finalidade foi denunciado pelo vereador Vandinho da Saúde, uma vez que os débitos foram pagos com receitas deste ano. Em um determinado momento, Júnior se emocionou em função da forma como o assunto foi abordado, afirmando que não iria renunciar, como sugeriu o advogado Jailson Araújo, durante entrevista ao Farol.
“É chato ele (Jailson) sair falando por aí que eu cometi crime. De certa forma machuca. Meu filho viu ele comentando com um empresário que eu teria cometido crimes e ia ser responsabilizado. Deixa a família da gente tensa, e isso me causa uma mágoa muito grande porque envolve pessoas que não tem nada a ver. Eu não vou renunciar. Estou nesta gestão e vou sair de cabeça erguida. Transparente e sem medo dos atos que faço. Estou tranquilo”.
DINHEIRO RESTITUÍDO
Ainda durante a entrevista, Edmar Júnior acabou revelando uma novidade, sobre o processo de restituição da verba utilizada pela secretaria.
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“Acabou de ser depositado pelo governo municipal R$ 3 milhões dos recursos desse montante dos recursos próprios do município. A gente está dentro do cronograma, dentro do que foi planejado. Até dezembro este dinheiro vai estar totalmente de volta a conta. Crime eu não cometi. O dinheiro vai ser devolvido. Se eu tivesse parado também estaria sendo acusado. Eu vou só trabalhar”, reforçou.
MÁGOAS DE VANDINHO
Ainda durante a entrevista, o secretário de Educação foi questionado se restou mágoas com relação ao vereador Vandinho da Saúde, o autor das denúncias.
“Edmar não tem coração ruim não. Não estou dizendo que ele (Vandinho) não deveria ter feito o que ele fez. Agora, a forma que ele pôs na imprensa não é totalmente daquela forma que ele colocou. Não era dinheiro para ser rateado, porque a gente atingiu os índices de 70% para pagamento de folha. Ele não pôs da forma correta. Às vezes o que transparece é querer por uma categoria contra uma gestão. Fica a mágoa de estar acusando Edmar de criminoso. A questão administrativa não vou entrar no mérito, porque eles estão no papel deles”.
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