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Cerca de 500 professores e trabalhadores da educação de Serra Talhada rejeitaram a alternativa de greve por tempo indeterminado, que vinha sendo analisada sob a orientação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest). Durante assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (19) no plenário da Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST), os servidores acabaram aceitando a proposta de reajuste salarial de 4%, diferente dos 2% que foi oferecido na semana passada por secretários do governo Duque. A nova proposta contou com a intervenção da Câmara de Vereadores que montou um gabinete de diálogo, com a presença do prefeito Luciano Duque (PT), no exato momento em que acontecia a assembleia da categoria.

Com o acordo fechado, o projeto de lei que tramitava garantindo um reajuste de apenas 2% será emendado e votado ainda nesta segunda-feira. Também ficou acertado que o reajuste de 4% será retroativo a janeiro e será pago de forma parcelada a partir deste mês. Durante a assembleia que durou cerca de quatro horas, os professores exigiram que o acordo que foi firmado entre as partes fossem colocados no papel e assinado pelo prefeito Luciano Duque.

“Acho que a abertura do diálogo por parte do governo foi importante neste momento. O mais importante foi a construção dessa alternativa que contou com o bom senso de ambas as partes”, declarou o presidente da Câmara, José Raimundo Filho (PTB), em conversa com o FAROL.

Já o presidente do Sintest, Sinézio Rodrigues, passou boa parte do final de semana tentando conquistar um reajuste maior para categoria, mas levou a proposta de 4% para votação, que foi aprovada por ampla maioria. Em números reais, o aumento médio para o professor será de R$ 54; diferente dos R$ 27 que estava sendo proposto pelo governo. Já o auxiliar de serviços gerais receberá R$ 24 em seu contracheque. Antes, seria apenas R$12. O acordo selado jogou por baixo o discurso do governo de que não havia mais receita para conceder um reajuste maior.

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FOTOS: ALEJANDRO GARCIA E JÚNIOR MORAES