O anúncio de que os professores de Serra Talhada iriam começar o ano letivo conectados acabou virando fumaça. No dia 10 de dezembro o secretário de Educação, Edmar Júnior, comemorou a aprovação da emenda do deputado Pedro Eugênio (PT), que assegurou cerca de R$ 1 milhão para compra de 400 notebooks.

O programa foi batizado pelo prefeito Luciano Duque de “Educação Digital”. Duque também vibrou com a notícia. Mas nem tudo saiu como programado. As aulas começam no dia 4 de fevereiro e os docentes não irão receber este importante equipamento de apoio.

“Porque falta o Ministério da Educação (MEC) liberar os recursos. Só depende do Governo Federal”, disse o secretário de Educação, Edmar Júnior, em conversa com a reportagem do FAROL DE NOTÍCIAS. Ele não escondeu a decepção pelo fato dos computadores não chegarem no início das aulas, conforme anunciado.

“Fizemos tudo que deveria ser feito. Realizamos o processo de licitação, fornecemos a configuração dos computadores. Ou seja, fizemos tudo correto mas não depende mais de nós”, disse o secretário, que descartou qualquer influência política para liberar os recursos. É o MEC que está travando pois o deputado (Pedro Eugênio) já fez a parte dele. É uma questão de liberação de recursos”, acrescentou.

AUMENTO DE MATRÍCULAS

Apesar de amargar a decepção com mais um projeto ‘travado’ pelo Governo Federal, Edmar Júnior está atento ao calendário de matrículas na rede de ensino e faz uma previsão positiva quanto aos números. “No ano passado tínhamos  9.700 alunos matriculados na rede pública. Este número pode chegar a 10 mil matrículas. Estamos otimistas”, revelou o secretário de Educação.

O ano letivo também vai começar sem o fardamento e sem a distribuição do kit escolar, como aconteceu em alguns anos da gestão do ex-prefeito Carlos Evandro.