CaminhoneteEm nota enviada ao Blog, a Secretaria de Educação de Gravatá afirma ter prestado queixa contra a professora Sunamita Oliveira, o assistente de serviços administrativos Marcelo de Brito e a merendeira Irene Maria de Melo. Os três servidores poderão responder a um inquérito policial. O incidente ocorreu nessa segunda-feira (15), no primeiro dia do ano letivo.

A Secretaria acusa os envolvidos de realizar o transporte precário de alunos em caminhão do tipo “pau de arara”, colocando a integridade física dos mesmos em risco. Os estudantes da antiga escola municipal Antônio Borges foram conduzidos até a Associação de Cotunguba, no distrito de Avencas – eles deveriam estar assistindo aula na Escola Municipal José Batista de Melo. A unidade escolar era uma das nove escolas da zona rural de Gravatá que funcionavam com sistema de ensino multisseriado

Ainda de acordo com a nota, Marcelo de Brito, que preside do Sindicato dos Servidores de Gravatá (Sindsgra), e Irene Maria de Melo abriram as portas da escola Rainha do Céu, também à revelia da Educação, para onde outro grupo de alunos foi conduzido.

Arara 1

A Prefeitura já instaurou um processo administrativo disciplinar que pode levar até a demissão dos três servidores efetivos. O caso também foi levado à Promotoria do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que recomendou a ida da secretária de Educação, Maria Ângela Andrade, à delegacia, e ao Conselho Tutelar.

“Como é do conhecimento de todos, houve o reordenamento da rede, no qual alunos de nove escolas de zona rural, que funcionavam com sistema de ensino multisseriado, foram transferidos para escolas próximas e colocados nos respectivos anos/ciclos escolares”, explica Maria Ângela Andrade.

De acordo com a titular da pasta, toda a estrutura foi preparada com vistas à proporcionar o transporte para as crianças, guiado por monitores, bem como o acolhimento nas escolas que os receberam. “Contudo, houve transtornos causados por servidores em duas unidade, que foram abertas à revelia. Os alunos acabaram faltando aula nas escolas para as quais deveriam ter se dirigido”, concluiu Maria Ângela Andrade.

RESPOSTA

Sunamita Oliveira

Por telefone, a professora Sunamita Oliveira afirmou não estar preocupada. “Temos plena consciência de que não estamos cometendo nenhum crime, disse. De acordo com a professora, os alunos não passaram mais de cinco minutos na caminhonete e estavam acompanhados por adultos. “O que fizemos foi um dia de recreação. Servimos lanches e realizamos, de forma voluntária e a pedido das mães, atividades recreativas”, disse.

Ainda segundo Sunamita, a própria Prefeitura de Gravatá também realiza o transporte irregular de alunos. “A gestão atual utiliza caminhonetes F4000 para transportar os alunos por grandes distâncias”, alegou a professora destacando que o transporte de pessoas em “pau de arara” não é nada fora do comum na localidade.

Do Blog do Jamildo