Eike Batista pagou US$ 16,5 milhões em propina por ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral por meio de um falso contrato, declararam à Justiça Federal dois operadores que fecharam acordo de delação premiada.

O empresário é alvo de um dos nove mandados de prisão da Operação Eficiência, novo desdobramento da Lava Jato no Rio, deflagrada na manhã desta quinta-feira (26). A Polícia Federal está contato com a Interpol, a polícia internacional, para descobrir o paradeiro de Eike Batista. Segundo o delegado Tácio Muzzi, é possível que ele tenha embarcado para Nova York na última terça-feira (24). Caso não seja encontrado, será declarado foragido.

A PF e o Ministério Público Federal (MPF) investigam um esquema de lavagem de dinheiro que seria comandado pelo ex-governador do Rio. O grupo é suspeito de ocultar no exterior aproximadamente U$ 100 milhões, cerca de R$ 340 milhões.

“O patrimônio dos membros da organização criminosa chefiada pelo senhor Sérgio Cabral é um oceano ainda não completamente mapeado. O limite é… Eu já diria que esses US$ 100 milhões é além do imaginável”, afirmou procurador Leonardo Cardoso de Freitas, em entrevista nesta manhã para detalhar a operação.

A força-tarefa da Lava Jato diz que Eike é suspeito de pagar dinheiro em troca de facilitações para fechar contratos públicos no Rio. No entanto, não foi determinado qual era o objetivo específico do pagamento dos US$ 16,5 milhões. Segundo o procurador, no Brasil, a imputação do crime de corrupção não requer a identificação do “ato de ofício”.

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