O desmaio foi informado pelo próprio movimento Greve de Fome UFPB com postagem no Facebook: “No dia de hoje (28/02) um dos companheiros acorrentados sentiu na pele a reação, não só da greve de fome como do descaso da Reitora Margareth Diniz e de sua equipe. O companheiro Marcos, as 01h00 da manhã, desmaiou devido a uma queda de pressão causada pelo baixo nível de glicose por estar há mais de 120 horas em mobilização, juntamente com as companheiras e os companheiros. Estamos em luta pelo direito de todas as pessoas que frequentam a Universidade, para que permaneçam nesse espaço com dignidade”.
Ontem, o professor do Departamento de Comunicação da UFPB, Carmélio Reinaldo, postou comentário no Facebook manifestando sua preocupação com a saúde dos estudantes da Instituição, que estão em greve de fome.
“Ontem à tarde fui prestar minha solidariedade aos estudantes em greve de fome na UFPB. Sai de lá muito preocupado com esses rapazes que estão arriscando a saúde e a vida por uma universidade mais humanizada. Ouvi de um deles que já não sentia mais fome, superara a vontade de comer. Acho que isso é prenúncio de que o corpo se entregou, desistiu de reagir, a máquina começa a desligar-se. A universidade, que tem na sua administração uma reitora cujo suporte maior vem da área de saúde, não pode continuar respondendo com notas burocráticas e discursos de planilha”, postou o professor.
Na última quinta-feira, a a reitoria da UFPB Universidade Federal da Paraíba publicou nota sobre o saldo das negociações com grevistas. De acordo com a nota, “após a reunião, a administração da UFPB convidou os manifestantes para apresentação do resultado dos trabalhos de análise minuciosa dos 23 itens reivindicados, mas não logrou êxito. Os manifestantes recusaram o convite e os dirigentes da instituição colocaram o gabinete da reitoria à disposição para dar continuidade ao diálogo”.
Na quarta-feira (24), houve protesto dos alunos do campus de João Pessoa. Eles ficaram sem refeição devido a um protesto realizado por colegas da instituição no campus de Rio Tinto, onde atualmente a comida do RU da Capital tem sido produzida. Alunos de Rio Tinto fecharam os portões e impediram a saída do caminhão responsável pelo transporte.
Cerca de três mil refeições foram jogadas no lixo. O desperdício foi registrado em vídeo.
MaisPB