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Fotos: Manu Silva / MPR

Nesta segunda-feira (30), a tribuna da Câmara de Vereadores foi ocupada por um movimento social criado em Serra Talhada contra o processo de impedimento da presidente Dilma e pela derrubada do governo interino de Michel Temer. O Movimento Popular de Resistência foi criado no dia 21 de maio por cerca de 17 entidades de base, incluindo movimentos culturais, de direitos humanos, negros, feministas e LGBTs. Os militantes chegaram à Câmara através do vereador petista, Manoel Enfermeiro, que cedeu seu espaço na Tribuna. Cleonice Maria, presidente da Fundação Cabras de Lampião, e Cloves Silva, diretor do DCE UFRPE, representaram o MPR.

IMG-20160531-WA0000De acordo com os militantes, a intenção era cobrar o posicionamento dos vereadores serra-talhadenses em relação ao impedimento e o governo do PMDB. O primeiro a usar a Tribuna foi Márcio Oliveira que se posicionou contra o golpe, em seguida Zé Raimundo falou da importância da retomada dos movimentos sociais e finalizou com o bordão “não ao golpe, fora Temer”. Pessival Gomes, Pinheiro de São Miguel e Nailson Gomes relembraram políticas sociais implantadas pelo governo Lula e Dilma e demonstraram apoio ao MPR. Os petistas, Sinézio Rodrigues e Manoel Enfermeiro também se posicionaram contra o governo Temer, chamando-o de golpista e usurpador.

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Os vereadores da base do prefeito Luciano Duque também culparam a grande mídia por alienar a população e omitir fatos que incriminariam o governo interino. Sinézio e Manoel também enfatizaram a necessidade de ir para as ruas e ampliar o movimento para outras cidades e regiões. Ainda na Tribuna, o MPR convidou a população serra-talhadense a se integrar nas atividades de reuniões, o movimento planeja uma aula pública ainda esta semana na Aeset. De acordo com Cloves Silva, no dia 19 de junho um grande ato nacional também acontecerá na Capital do Xaxado. A próxima reunião do MPR será no próximo sábado (4), às 19h, no Museu do Cangaço.

Confira na íntegra a nota do Movimento Popular de Resistência

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OPOSIÇÃO

Gilson Pereira (PROS) foi o único parlamentar a se posicionar a favor do impeachment, mas não deixou de criticar Temer, Eduardo Cunha e os ministros nomeados pelo peemedebista. Gilson é um dos poucos legisladores que permanecem na oposição declarada ao governo Duque, apesar dos últimos elogios proferidos ao gestor. “Michel Temer também é bandido, mas está assumindo por questão de sucessão. Não tem nada a ver com o PT e essa história de golpe, que não é golpe. Houve as pedaladas, todos fazem, mas fazer na época de eleição é crime. Mas ela (Dilma) é o quê? A deusa do Olimpo?”, declarou Pereira.

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Cleonice Maria, presidente da Fundação Cabras de Lampião, representou o MPR na tribuna lendo uma nota do coletivo em repúdio ao governo Temer

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