Em se tratando de Duque, nada pode ser descartado quando o seu desejo é reeleição

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor e colunista do Farol

As declarações dadas pelo prefeito Luciano Duque (PT), ao Programa Farol de Notícias no sábado (6) deu muito o que falar no meio político local. Além de desdenhar da possibilidade do ex-deputado Augusto César Filho (Guga), ser o seu candidato a vice-prefeito, o petista encheu a bola do advogado Valdemar Oliveira (Dema).

A falar do prefeito demonstrou as muitas contradições existentes em seu governo, já que o diretório municipal do PT, tentou atrair o deputado Augusto César para o palanque governista, uma outra frente, buscou reabilitar Valdemar Oliveira no jogo pré-campanha eleitoral. Ao que parece, Duque optou por seguir os conselhos da sua “equipe” em detrimento do seu partido.

Outra evidência das contradições do “L duplo” é sua contundência ao afirmar que está com Paulo Câmara, em função do PT possivelmente não ter candidato a governador em 2018. Chega a ser estranho essa afinidade que o petista tem com os opostos, isso por que, ele fez campanha contra o governador socialista em 2014.

Toda essa aproximação com o Palácio do Campo das Princesas, levou o prefeito a ser convidado a compor a base de prefeitos que são alinhados com o governo do estado. No entanto, em encontro do PT, Duque negou que vá deixar a legenda. Deixar o PT é a principal condição para que a improvável aliança “Lula/Sebá” seja concretizada. Mas, em se tratando de Duque, nada deve ser descartado, uma vez que o prefeito em 2011, deixou o PR para se filiar ao PT no apagar das luzes.

Outro fato curioso que envolve Duque, diz respeito às brincadeiras de bastidores, onde ele expressa a vontade de enfrentar novamente o secretário de transporte, Sebastião Oliveira. Mesmo sendo uma questão de cunho meramente informal, é bom lembrar que na primeira ao Programa Farol de Notícias, em 03 de outubro de 2015, ao ser indagado sobre a possibilidade de revanche entres os dois adversários, o prefeito respondeu que seria “um clássico”.

Essa relação de amor da dupla Lulu e Sebá, tem mexido com as emoções e aliados e adversários dos dois principais protagonistas do processo pré-eleitoral, ainda que a última pesquisa aponta um liderança confortável de Oliveira sobre Duque. Algumas respostas sobre esse possível  “clássico” teremos no início de abril, período em que os secretários se desincompatibilizarem para poder disputar as eleições em outubro, e ai saberemos se Sebastião topa a revanche e se Luciano Duque vai realmente ficar no PT. Enquanto isso, aconselho aos amigos a comprarem um “frasco de passiflora” e a rezar para Nossa Senhora Desatadora de Nós, porque assim, poderem entender melhor esse complexo jogo eleitoral.

Um forte abraço e até a próxima!