Uma das estrelas do governo petista de Luciano Duque, o Orçamento Participativo (OP), instrumento de consulta  popular que elege prioridades de obras nas comunidades, está por um fio. A insatisfação tomou conta de parte da equipe que coordena o OP e até a plenária que seria realizada este mês foi adiada para agosto. A equipe de campo, que realizava pesquisas nos bairros foi desmontada e algumas pessoas que prestaram serviços para a Prefeitura ainda esperam receber seus salários.

Por outro lado, cresce a expectativa quanto ao início das obras que foram elencadas como prioridades. No bairro do Ipsep, por exemplo, onde foram aprovadas o calçamento de 24 ruas com recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento dos Municípios (FEM), parte dos moradores já demonstra sinais de inquietação. “Estou ficando cansado de tanto esperar o que foi acordado para ser feito na minha rua”, desabafou Antonio Arruda, morador do Ipsep.

Em recente entrevista a uma emissora de rádio local, o prefeito Luciano Duque chegou a justificar a demora em virtude dos processos de licitações. Entretanto, no bairro da Cohab, o prefeito já fez a colocação de placa dizendo que a construção de um posto de saúde era fruto do Orçamento Participativo. “Eu tenho apenas seis meses de governo e uma criança leva nove meses para nascer”, disse o prefeito durante a entrevista. Já o deputado Sebastião Oliveira (PR), líder do bloco da oposição em Serra Talhada permanece implacável. “Luciano não tem seis meses de governo. Tem 8 anos e seis meses”, provocou.