O documento revela também que o tamanho da contribuição nacional para o aquecimento global há uma década foi maior do que o esperado anteriormente.
O novo inventário, obtido com exclusividade pela reportagem, foi feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com base em uma metodologia científica aprimorada, que reviu as emissões passadas. Pelo cálculo, em 2005, quando o desmatamento no Brasil estava no auge – nossa principal fonte de CO2 -, as emissões foram 33,8% maior. Em vez das 2,1 bilhões de toneladas que eram contabilizadas no segundo inventário, foram emitidas 2,73 bilhões de toneladas de CO2 naquele ano. Aquele foi o ano-base usado pelo governo para propor as metas de redução das emissões de gases de efeito estufa apresentadas para o Acordo de Paris.
Ajuste
O governo prometeu reduzir as emissões em 37% até 2025 e 43% até 2030, com base nos valores de 2005 apresentados no inventário anterior. Se a porcentagem for mantida sobre o novo valor, as emissões em 2030 serão até maiores que as atuais. Para Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima, a meta brasileira tem de ser ajustada.
Do Portal Uol