Enfermeiros de ST tomam as ruas pedindo aprovação do piso

Fotos: Farol de Notícias / Celso Garcia

Publicado às 05h57 desta sexta-feira (11)

Nesta terça-feira (9) os enfermeiros e técnicos de enfermagem de Serra Talhada tomaram as ruas da cidade mais uma vez em protesto pela aprovação do Projeto de Lei 2564/2020, que prevê o piso salarial para a categoria da Enfermagem.

Os profissionais em todo o país tem se mobilizado para discutir também a redução de carga horária, que desde o início da pandemia vem se intensificando em hospitais e clínicas.

O repórter fotográfico do Farol, Celso Garcia, acompanhou o protesto pacífico pelas ruas da cidade e a reportagem conversou com dois integrantes do movimento.

De acordo com o enfermeiro Ágabo Daniel, que está desde o ano passado participando dos atos, e compreende que mesmo com indicativos positivos da saúde para aprovação da PL, com análise e aprovação no Senado, a Câmara de Deputados não deu celeridade aos debates.

“Diante dessa situação que o projeto está parado, sem estar sendo visibilizado, discutido, a categoria resolveu se mobilizar para lembrar a sociedade que da importância da categoria nos hospitais e unidades de saúde, tanto públicas quando particulares. Hoje a gente depende do presidente da Câmara, Arthur Lira, para adiantar essa tramitação”, analisou o profissional.

Ainda segundo a enfermeira Denise Campos, o trato com todos os profissionais da Enfermagem está defasado, mesmo diante de um cenário de pandemia mundial há mais de dois anos, a remuneração da categoria está defasada.

“Nós estamos nessa luta há anos, estamos saturados já. Em um momento como esses de pandemia onde o profissional de saúde, o profissional da Enfermagem esteve na linha de frente do combate e tratamento dos pacientes com Covid-19, não tivemos qualquer mobilização para valorização da categoria por parte do Estado. Fomos a única categoria que não parou de forma no período de isolamento social, e ainda estamos em um país que há técnicos de enfermagem que não ganham nem um salário mínimo. Nada mais que justo termos esse reajuste que nos é de direito”, argumentou.