dedinha 4Não só o grupo de oposição em Serra Talhada vem apresentando fissuras nos últimos dias, com a saída do vereador Márcio Oliveira do ninho republicano para assumir uma secretaria no governo Luciano Duque. Como dentro da base do prefeito petista, insatisfações também tem se acumulado e uma delas foi a público na última sexta-feira (9), quando o vereador da bancada do governo, Dedinha Inácio, entrou na sede da prefeitura enfurecido, reivindicando direitos para membros da própria família.

Falando à rádio A Voz do Sertão AM, o parlamentar expulsou todos os seus demônios criticando não só o governo que apoia, mas todos os políticos de Serra Talhada, inclusive a si mesmo. Dedinha fez questão de mandar dois recados ao prefeito Luciano Duque. O primeiro, de que não fará mais parte da bancada da situação, assumindo uma postura considerada “independente”. Em segundo, que o ano de 2015 será de muita cobrança da sua parte em cima do atual gestor do município.

“No momento, eu não sou nem situação e nem oposição, porque juntando todos os políticos de Serra Talhada, nenhum vale nada, porque eu não vejo é nenhum fazendo nada pelo povo. E me incluo aí também, porque como político me sinto muito fraco, mas como Dedinha, eu me sinto forte. Agora eu me sinto fraco como político porque confiei muito em político. E quero pedir aqui, ao vivo, que o prefeito Luciano Duque olhe para a minha comunidade, para o Borborema e o Alto do Bom Jesus. O que tenho pedido atenda, porque esse ano será só de cobranças”, ameaçou o parlamentar, de forma indignada.

VEREADOR NEGA DESTRUIÇÃO RAMBO

Sobre o estopim que provocou a fúria do vereador, Dedinha Inácio alegou que sua irmã havia passado na seleção da Secretaria Municipal de Saúde, aberta no mês de dezembro de 2014. E que chegou a ver o nome dela numa lista de classificados. Mas, no final das contas, a irmã acabou não sendo selecionada. Foi quando, ao saber disso, tomado pela ira, buscou a prefeitura para tirar satisfações.

Dedinha, no entanto, garante que não perdeu o controle ao ponto de destruir tudo, como especulou-se. E chamou de “safado” quem criou a versão da história onde ele detona móveis, vidraças, copos, portas e computadores, impondo o terror dentro da sede do governo ao ponto de obrigar funcionários a se esconderem dentro dos banheiros.

“Foi um safado quem disse que eu destruí tudo e quebrei vidro. Não teve essa história. Eu apenas fui atrás dos direitos da minha irmã porque ela fez um teste seletivo e passou em terceiro lugar. E já fizeram muita injustiça (na seleção) e cheguei no meu limite. E disse a dona da prefeitura, que é Joana, umas verdades. E busquei a secretária de Saúde (Márcia Conrado) para tirar isso a limpo, porque minha irmã tinha passado (no processo seletivo) e na minha família não tem cargo de confiança. Fui como cidadão (na prefeitura) por questão de direito para minha irmã. Ela passou na seleção, a secretária de Saúde me mostrou a folha. E não sei o que deu quando (a folha) chegou na prefeitura”, desabafou o vereador.