Enquanto a banda passa, ST aguarda a posição de MaríliaPor Cornélio Pedro, Policial aposentado e colunista do Farol 

Olá amigos faroleiros,

Fui provocado a opinar e divagar sobre o tema eleições 2024 e os muitos movimentos de nossos políticos em suas politicadas.

Um fator inusitado hoje se manifesta e embrulha o pacote do futuro político da nossa cidade. A espera angustiante e infinita de uma decisão.

A princípio parece piada, mas no fundo nos apresenta uma imensa colcha de retalhos. Por baixo dos lençóis das famosas trairagens entre antigos apaixonados, amados e amantes, que vai desembocar sempre nas confusas e contraditórias declarações entre os que se aproximam e se afastam a cada movimento pelos interesses de suas conveniências.

O momento é intenso. Os comentários e análises enlouquecem e agitam os bastidores da política local. Assessores, cabos eleitorais e os famosos babões se digladiam pelos pequenos afagos, gestos ou declaração favorável.

Porém, neste imbróglio de paixão e chalerismo uma figura se destaca no desejo da conquista. A então vice-presidenta estadual do Partido Solidariedade, a ex-Deputada Marilia Arraes, que sob o aspecto de carta a ser conquistada no jogo do baralho e da paixão, tem se mantido num silêncio de dama de copas. Impassível diante de tantos enamorados.

Há algumas conjecturas que parecem pesar no cérebro político da vice-presidenta do Solidariedade. Querendo ou não, hoje tem sua maior relevância na conjuntura da política estadual, quiçá nacional, muito graças ao despertar dessa relação de amor e ódio das hoje principais figuras da política serra-talhadense.

Sua decisão tem peso letal quanto ao seu antigo aliado e filiado partidário, o Deputado Estadual Luciano Duque, que de certa forma traz à tona a relação tipo paixonite político/afetiva a dois nas muitas injustiças e perseguições políticas sofridas por ambos. E em outros momentos eleitorais no estado com quebra de apoios e rompimentos extremos sofrido pela dupla pelo seu antigo partido o PT.

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Assim, de grosso modo, é possível vislumbrar que a decisão de Marilia, se escantear Duque, seria como uma devolução do que lhe fizeram no passado os hoje aliados. Bom, mas na política esse negócio de fidelidade fica para os mortos.

Entre essas muitas paixões paralelas, vem um outro momento e movimento da ex-deputada. A retumbante parceria com o também líder local, o ex-deputado federal e presidente do Partido Avante, Sebastião Oliveira.

Na campanha ao Governo do Estado, esse fato fervilhou e desencadeou muitas outras declarações de amor e ódio entre amados e amantes.

Muito embora hoje isso parece que se perde no espaço moral dos interesses políticos pessoais. E o ex-deputado se tornou um grande aliado e conselheiro o que lhe outorga muito carinho, apreço e respeito da vice-presidenta.

Por fim, dentre todas as possibilidades de acordos, existe a já declarada e consagrada adesão do diretório municipal do Solidariedade à Prefeita Marcia Conrado, ex-aliada e aparente ex-desafeto de Marília.

O que detona uma crise do samba do crioulo doido na mente da sua presidenta regional, que entende se correr o bicho pega se ficar o bicho come. Pois possui um filiado partidário de muita densidade política e Deputado Estadual com pré-candidatura na pista.

No final o que se vislumbra, e que dependendo desta malfadada crise amorosa, o futuro eleitoral do município entre suas principais figuras políticas parece um jogo de xadrez. O xeque mate pode não trazer para o eleitor o necessário choque administrativo que melhore as suas necessidades básicas de cidadania.