Publicado às 07h18 deste domingo (23)

Foto: José Dias/PR

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Estamos nos aproximando da chamada ‘terceira onda’ de Covid-19 no Brasil, e do triste patamar de 450 mil mortos pelo novo coronavírus. Cidades da região, como Itacuruba, Arcoverde e Pesqueira, por exemplo, já adotaram o ‘toque de recolher’ em determinados horários. Em Serra Talhada, a secretária de Saúde, Lizbeth Lima, já anunciou que o cenário pode agravar nos próximos quinze dias, porque as pessoas estão relaxando nos cuidados.

E por falar em relaxar, o presidente Jair Bolsonaro continua agindo com escárnio e como se nada tivesse acontecendo. O negacionista e principal patrocinador da Cloroquina, que inclusive financiou a fabricação de um medicamento que não serve para nada, a não ser matar piolhos e vermes, promove, neste domingo, uma ‘motoada’ de apoio ao governo do Rio de Janeiro. Também negacionista. Serão mobilizado um efetivo de 1.000 policiais militares, de 20 unidades diferentes, para dar apoio a um presidente de viés genocida, que parece ter prazer com o estado de coisas.

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Então, diante os fatos, chego a pensar duas coisas: ou o presidente é um sádico contumaz ou é irresponsável mesmo, porque não governa para uma nação, mas para os seus seguidores de grupo de whatZapp e milicianos eufóricos. Estamos muito longe da normalidade, algo que já foi alcançado por alguns países. Não temos vacinas. Não por falta de recursos, mas porque o presidente acredita que ao ser vacinado, tornar-se um ‘jacaré’. Ao invés de correr atrás de imunizantes, Bolsonaro prefere passear sem máscaras pelas ruas do Rio de Janeiro. Que Deus tenha piedade de nós.