
FAROL DE NOTÍCIAS – Como você recebeu a notícia de ter ganho um prêmio literário no estado de Goiás?
TARCÍSIO RODRIGUES – Com surpresa e alegria. Confesso que custei a acreditar quando recebi o e-mail comunicando o prêmio. É um sentimento gostoso. É bom saber que um trabalho seu foi reconhecido e está sendo bem aceito.
FN – Fala um pouco da narrativa do Lubião e quanto tempo você passou para escrevê-lo?
TR – Lubião fala de nós sertanejos nordestinos e mais especificamente de nós desta “nação Pajeú”. É fruto de causos que escutei na infância somado as experiências que vivi no Teatro de Amadores de Serra Talhada (TAST). É um retrato de uma face do nordeste e procura mostrar o amor que o sertanejo tem pelo Sertão. Gastei 10 anos escrevendo e depois mais 2 anos para editá-lo, mas foi gratificante. Me sinto bem escrevendo sobre nossa gente, sobre nossa terra.
FN – Já tem um outro romance no forno?
TR – Já: O BEATO, também ambientando aqui no sertão do Pajeú e como Lubião trás personagens fortes, legítimos representantes deste vasto mundo: o sertão. Mostra também uma outra face deste mundo. Em Lubião o nordeste é castigado por uma terrível seca, no Beato o sertão está vivendo um período de chuva, com a caatinga vendendo um verde exuberante. Foca mais o sentimento da honra, da vingança… É uma outra história, apesar de acontecer na mesma região. Este novo trabalho está em revisão, acredito que já no início de 2013 entre no prelo e no máximo até junho do ano que vem estará sendo lançado.
FN – Escrever é um ato de prazer ou sacrifício?
TR – … De prazer. Pelo menos para mim é de muito prazer. Não consigo me ver sem escrever. Prefiro me expressar escrevendo do que falando.
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