gilson pereira“Justiça tarda, mas não falha.” Foi com esse sentimento que o vereador oposicionista, Gilson Pereira (PSD), comemorou a notícia, durante entrevista à rádio Líder do Vale FM, da primeira audiência na Justiça Federal sobre o chamado “escândalo do bode” em Serra Talhada. O Ministério Público Federal (MPF) vai ouvir, no próximo dia 28, o fiscal da Adagro (Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária), Adauto Mourato, após três anos da deflagração de uma operação da Polícia Federal (PF) na Capital do Xaxado.

Na ocasião, a PF, em junho de 2012, chegou a município para investigar a denúncia de corrupção envolvendo o beneficiamento de alimentos destinados à merenda escolar no município. O caso explodiu meses antes da eleição do atual prefeito Luciano Duque (PT). Para Gilson Pereira, o “escândalo do bode” terá seus primeiros desdobramentos jurídicos muito tarde, mas como há provas cabais que confirmariam um esquema fraudador na cidade, fica a esperança de que, agora, os próximos capítulos da novela caminhem de forma menos lenta.

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“Será a primeira audiência na Justiça no próximo dia 28 com Adauto Mourato, vai sair agora tudo. E será no Ministério Público Federal daqui. É sobre o PNAE e inclui tudo, da merenda escolar ao bode e peixe podres, a denúncia de que esse material não poderia ir para as escolas porque estavam podres, sobre as DAPs que o conselho rural usavam dos agricultores e o Banco do Brasil recebia esses valores e depois os agricultores não sabiam”, relembrou Gilson, detalhando a denúncia:

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“Vai ver a questão do conselho rural… O procedimento num matadouro clandestino, depois comprava (os alimentos) a R$ 9 e vendia a R$ 15, agora vai sair… Está tudo documentado. Temos tudo. E chegou o momento agora. Mas o momento não era esse, porque devia ter chegado há muito tempo na apreciação da Justiça”.

FIQUE POR DENTRO

Em junho de 2012, a Polícia Federal iniciou investigação sobre um suposto esquema de distribuição de alimentos para a merenda escolar numa operação que envolvia associações rurais e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS). Na época, quando estourou na grande mídia, a denúncia colocou em xeque as atividades do CMDRS, do qual o atual prefeito Luciano Duque foi presidente durante anos.

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