Adauto mouratoO fiscal da Adagro, Adauto Mourato, deu detalhes, em entrevista à rádio Líder do Vale FM, nesta terça (28), da audiência que teve no Ministério Público Federal (MPF) em Serra Talhada e afirmou que a Justiça está trabalhando para solucionar o polêmico caso que ficou conhecido como “escândalo do bode”, denunciado à Polícia Federal em 2012. Na ação, foi colocado em questão um suposto esquema de corrupção envolvendo dinheiro federal repassado a cooperativas agrícolas em Serra Talhada, que tinha à frente o CMDRS (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável). Apesar da estranha demora da Justiça em dar um parecer sobre o caso, Adauto Mourato disse que o processo, finalmente, está caminhando.

“O que eu entendi da visita que eu fiz ao Ministério Público Federal foi que eu tivesse calma que eles estão trabalhando. A minha preocupação é que, tem gente que diz, ‘na hora que terminar esse processo e provar que a cooperativa está mentindo nós vamos entrar na Justiça e vão ter que pagar as contas’. Eu fico tranquilo porque eu tenho certeza do que eu disse, ratifiquei que realmente quem está errado são eles, então, quem deve ficar com medo agora são eles. Eu confesso que achava que esse negócio não andava, ninguém estava dando a devida atenção”, disse Mourato.

Alguns acreditam que o escândalo do bode possa respingar no prefeito Luciano Duque (PT), já que ele fez parte da presidência do CMDRS durante anos. “Eu vi que todas as denúncias que foram feitas aqui no Ministério Público em Pernambuco, na Polícia Federal em Salgueiro, aquela denúncia que os vereadores fizeram está tudo junto, eu vi tudo lá em um pacote. Quer dizer, eles estão dando atenção. Eu só vi o seguinte, que mesmo devagar está andando. Eles (Justiça) perguntaram se eu queria acrescentar alguma coisa. Eu disse que não, pois acho que se não foi possível resolver o que já está aqui depois de três anos, falar alguma coisa não adianta”, ressaltou o técnico da Adagro.