Com carinho, da sua Manuca.
Há quem diga que Giovanni Sá já quis ser Economista? Por gosto ou incentivo da família, cursou Ciências Econômicas na UNICAP, lá pelos tantos anos de 1900 e lá vai. Anos áureos em que o movimento estudantil tinha bril e magnetizava a todos que se aproximassem. Giovanni foi levado para a política juvenil.
Fez do movimento um picadeiro, nas artes se desenvolveu e era festa e palhaçaria por onde passasse. A magia de encantar o público o aproximou do encantamento de outra jovem de luta, Maria de Fátima. Como era bonito ver a dupla que se amava virar casal com ideal de liberdade e igualdade social.
A união no campo de Assentamento do MST já contava com dois pequenos. E hoje mesmo vovô achando que com R$ 20 conto no bolsos dos netos está arrasando, tem a coragem de criar mais uma neta. Jovem menina que também leva um pedaço de seu nome.
E a responsabilidade foi chegando, o Giovanni do rabinho de cavalo maroto agora um homem das letras, informes e notícias. Mandava de volta os fatos políticos datilografados para a capital pernambucana.
Escreveu para grandes e pequenos em metade de sua lida, 30 anos de comunicação. É para poucos. Era correspondente do Jornal do Commercio. Trabalhou em governo, fez de tudo e mais um dedo para criar com zelo seus pequenos, que já planejavam seus voos pelo mundo.
Giovanni se multiplicou pelo tempo. Escreveu toda sorte de texto, se enfiou em cada polêmica e babado. Fez política pública virar realidade aqui em sua cidade. Foi assessor, pai, editor e professor de vida e profissão, formou quase uma penca de repórteres em 13 anos de sua redação. Formou um jornalista, um doutor, mais parecidos um com o outro do que gostariam. Nos defeitos, dois pontos na margem de erro, para mais ou para menos.
Giovanni Sá é um virginiano daqueles milimetricamente criterioso. Um homem de hábitos, um escritor habilidoso. Um proseador de botequim que agrega toda a gente. É de fácil amizade, mas difícil confiança.
Soube se fazer lenda e não só pelo seu personagem de histórias atrapalhadas, o Chico Preá. Sua voz imponente e sua figura nas ruas do centro serra-talhadense tornaram um membro da Academia Serra-talhadense de Letras em um sujeito inesquecível, um imortal.
Giovanni Sá revolucionou e determinou os parâmetros de qualidade e criticidade da comunicação em Serra Talhada. É seu nome e sua marca que abre portas. Escreve com caligrafia dourada das canetas bonitas que tanto gosta a história do jornalismo no Sertão do Pajeú.
Feliz Aniversário, Sr. Giovanni.
22 comentários em Um viva ao escriba que imortalizou a comunicação no Pajeú