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Por Folha de Pernambuco
Você compra uma certa quantidade de pão e acaba não comendo tudo. Outro dia lembra deles e, quando vai olhar, já estão cheios de “pintinhas” verdes — o famoso mofo. Aí aparecem as dúvidas: é melhor jogar tudo fora? Dá pra tirar só a parte mofada e comer o resto? A resposta é depende.
Em entrevista ao tabloide britânico Daily Mail Online, o especialista em segurança alimentar Richard Fuchs, da Universidade de Greenwich, na Inglaterra, disse quais alimentos você ainda pode comer, mesmo quando mofados, e quais devem ir direto para o lixo.
Queijos duros
Os queijos duros, como provolone, minas curado e gouda, são exemplos de alimentos que podem ser comidos mesmo que uma parte apresente mofo. O especialista orienta cortar cerca de 2,5 cm de comida ao redor e abaixo da área mofada. É importante tomar cuidado para não encostar a faca no mofo e contaminar o restante do alimento. A parte que não está mofada pode ser ingerida.
Vegetais e frutas consistentes
Outro tipo de alimento que pode ser consumido mesmo que parte esteja apresentando mofos e bolores são vegetais e frutas de textura consistente, como pimentão e cenoura. Para esses tipos de alimento, vale a mesma orientação dos queijos: cortar cerca de 2,5 cm de comida ao redor e abaixo da área mofada, e evitar encostar a faca no mofo.
Por que outros alimentos não devem ser comidos se apresentarem mofo?
Segundo Fuchs, ingerir alimentos de consistência mole ou líquida pode levar pessoas alérgicas a fungos desenvolverem problemas respiratórios se entrarem em contato com os microrganismos. Além disso, ele afirma que os fungos podem produzir compostos tóxicos chamados micotoxinas. Essas toxinas são descritas como extremamente perigosas, pois podem causar enfraquecimento do sistema imunológico, suscetibilidade à hepatite B e até mesmo câncer de esôfago, no fígado e outros.
O especialista salienta que comidas que apresentem mofo ou fungo — nem mesmo aquelas com uma consistência mais dura — não devem ser consumidas por pessoas de grupos vulneráveis, como crianças, pessoas grávidas, pessoas com mais de 65 anos e qualquer pessoa com um sistema imunitário enfraquecido.