Esposa de PM alerta sobre excesso de trabalho no 14º BPM

Publicado às 04h30 desta quarta-feira (11)

A esposa de um policial militar do 14º BPM, com sede em Serra Talhada, entrou em contato com a redação do Farol, nessa terça-feira (10), e fez um relato preocupante do excesso de trabalho na corporação, principalmente em períodos de festas e eventos públicos.

Segundo ela, que pede para não ser identificada por temer retaliações ao esposo, que é soldado, o quadro é desumano. Leia o seu relato dramático.

Nota de uma esposa desesperada

“A situação é a seguinte. O policiamento do 14º BPM está sendo forçado, em virtude dessas festas que estão sendo realizadas, trabalharem de forma desumana. Pois a escala do policiamento deveria ser 24h por 72. E essas 72hs que deveriam ser para descanso, o efetivo está sendo obrigado a trabalhar depois das 24h mais duas noites seguidas. Ou seja, são 3 noites inteiras sem dormir.

Não é a toa que está crescendo número de problemas psiquiátricos nesta instituição. Hoje, meu marido não dorme direito, tem problemas de pressão arterial, diabetes, e está nervoso em casa, muito agitado. Não existe diálogo com o comando. Ele é obrigado a ir fazer o extra, para ganhar apenas R$ 54 que não paga uma consulta médica. O policial do 14º BPM não tem tem vida social e nem tempo para a família”.