Entre janeiro de 2016 e o final do ano, a superfície do “califado” proclamado pelo EI nos dois países passou de 78.000 km2 para 60.400 km2, uma zona comparável à metade da Coreia do Norte, informa a IHS, sediada em Londres.
Em 2015, o território controlado pelos jihadistas já havia sido reduzido em 14%, passando de 90.800 km2 para 78.000 km2.
O EI “tem registrado perdas territoriais sem precedente em 2016, principalmente em zonas cruciais para seu projeto de governo”, declarou o analista Columb Strack.
Apesar da reconquista de Palmira, em dezembro, o EI sofreu uma série de derrotas militares em 2016, com a perda na Síria das cidades de Dabiq e Manjib, e no Iraque de Ramadi e Fallujah.
Segundo o IHS, as perdas territoriais do EI provocam divisões internas que ameaçam a “coesão” do grupo.
“Para o EI, isto representa um risco de deserções de grupos jihadistas adversários na Síria, e até de um confronto interno”, avaliou o especialista Ludovico Carlino.
Nesta quarta-feira, comandantes militares anunciaram a libertação da zona leste de Mossul e o IHS avalia que a cidade iraquiana deve estar completamente reconquistada “antes da segunda metade do ano”.
A reconquista de Raqa, na Síria, poderá ser mais problemática, adverte o IHS, destacando que a cidade constitui “o coração do grupo Estado Islâmico”.