Do Folhape

Foto: Hélia Scheppa/SEI

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, determinou, nessa quinta-feira (31), o envio de cerca de 250 agentes das polícias Militar e Civil para reforçar a segurança em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco. Segundo Paulo, o efetivo, que mobilizou ainda 70 viaturas e dois helicópteros, busca restabelecer a tranquilidade no Litoral Sul.

O reforço vem após a morte de uma menina de 6 anos em uma troca de tiros entre policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e dois suspeitos de tráfico de drogas, na quarta-feira (30). Vítima de bala perdida, Heloísa Gabrielle foi atingida no peito.

Na noite de quinta, os agentes das forças de segurança se concentraram na sede da Polícia Militar, no Derby, área central do Recife, para seguir em comboio para o Litoral Sul.

Enquanto isso, moradores fizeram protestos na região. Um ônibus foi incendiado, barricadas foram feitas para fechar acessos à cidade e uma placa, depredada. Os protestos iniciaram logo após o velório de Heloísa, que aconteceu à tarde, e se estenderam ao longo do dia.

Estado monitora protestos

De acordo com o Governo do Estado, Paulo Câmara monitorou os protestos em Porto de Galinhas durante todo o dia, ao lado do secretário estadual de Defesa Social, Humberto Freire, e do comandante da PMPE, coronel Roberto Santana.

“Quero expressar minha solidariedade à família da menina Heloísa e assegurar que o caso será apurado com o máximo rigor. Estamos trabalhando de forma integrada com nossas forças operativas e reforçando o efetivo para restabelecer a tranquilidade no Litoral Sul”, afirmou o governador.

Relembre o caso

Heloísa Gabrielly, de 6 anos, foi atingida com um tiro no peito durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar.

De acordo com a PM, o tiro que atingiu Heloísa teria sido em meio a uma troca de tiros entre os policiais do Bope e suspeitos de tráfico de drogas, na comunidade Salinas, em Porto de Galinhas.